39. Te amo, feio!

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-Tem certeza que não quer ir?- meu pai perguntou, parado no batente da minha porta e eu assenti.- Vai ficar aqui sozinho?

-Vou. Preciso terminar alguns travalhos do Young lawyer!- informei e meu pai sorriu.

-Tudo bem, até amanhã!- chegou perto e beijou o topo da minha cabeça.

-Até!- me despedi e o homem de terno saiu do meu quarto, mas logo uma morena entrou.

-Não vai mesmo?- perguntou e eu fiz que não com a cabeça. A olhei e sorri. Daniella estava linda.- É seu baile de finalistas Seven!

-Eu sei maninha, mas não estou afim de ir!- falei calmo e a morena suspirou.

-É por causa da Katelyn?

-Sim!- menti.

-Vocês dois deviam conversar e se acertar!

-Não vai acontecer!- ri fracamente e mais uma vez ela suspirou.

-Tudo bem, divirta-se aqui sozinho senhor advogado!

-Bom baile pequena! Depois me manda as fotos!- beijei sua bochecha.

-Okay!- disse e saiu, dando espaço para a loira.

-Oi!- ela sorriu e beijou meus lábios.

-Oi! Tá bonita!- sorri. Ela com certeza causaria muita raiva e inveja nas outras mães e até nas próprias finalistas.

-Eu sei!- disse e eu me levantei.

Seu vestido rastejante e brilhante combinava com seus olhos.

-Divirta-se!- segurei sua cintura e beijei seus lábios.

-Seria mais divertido se estivesses lá, mas tudo bem, quer que mande cumprimentos para a sua ex?- perguntou e eu ri.

-Tchau, te amo!- as palavras simplesmente escaparam da minha boca e a loira sorriu até não poder mais.

-Não me faz desistir de ir ao baile da minha filha Wayne!- pediu e eu sorri.- Também te amo, feio!- beijou meus lábios e eu sorri timidamente.- Até amanhã!- disse e eu beijei sua testa antes de soltar sua cintura para deixá-la ir.

Meia hora depois, quando a casa estava completamente vazia e eu sonecava nas minhas anotações, meu celular tocou e eu franzi a cara, cheio de sono.

Atendi sem sequer ver quem era.

-Estou aqui fora, por favor sai!- a voz que eu não consegui reconhecer disse antes de desligar e eu suspirei profundamente, antes de forçar meu corpo a se levantar.

Lavei o rosto e desci as escadas.

Abri a porta e franzi o cenho para a rapariga de cabelos loiros.

-Como sabia onde eu vivo?- perguntei confuso. Como ela tinha meu número?

A menina não respondeu, só deu um posso para o lado, dando espaço para que outra loira se aproximasse.

Franzi meu cenho e pisquei meus olhos algumas vezes.

Aquilo não podia ser possível.

Uma carta para o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora