Aquela loira.
Passei a semana toda a procura dela mas nem sinal. Era como se tivesse desaparecido assim como apareceu.
Em um piscar de olhos.
Não conseguir tirar seus olhos azuis da cabeça foi estranho. Eu poderia jurar que eram os olhos da Dione, mas era impossível.
Neguei com a cabeça para afastar a paranóia e terminei de me equipar.
Junto com meus colegas de equipa, saí do vestiário e fui o primeiro a aparecer para a multidão que se levantou e nos aplaudiu com vontade.
Sorri. Meu pai estava lá.
Acenei com a mão para ele r o homem de terno retribuiu.
Me pus em posição e esperámos pelos jogadores da outra equipa.
O cenho de todos foi franzido quando um certo ruivo apareceu, vestido pelo uniforme da equipa adversária.
Todos murmuram e se olharam confusos, menos eu. Apenas me concentrei em cumprimentar o outro capitão e nós dois esperamos que o árbitro lançasse a bola para começar o jogo.
Cinco minutos depois, marquei nosso mais um ponto, somando 37 para nós e 12 para eles.
Nossa torcida gritou e eu ri sozinho, contente. Meu pai bateu palmas, Kate, Daniella e Stacey, assobiaram e aplaudiram. A loira também.
A loira.
Olhei de novo e a vi sorrir. Eu só podia estar a delirar, o que era bem provável tendo em conta o choque que senti minutos depois.
Meu ombro doeu e eu fechei meus olhos com força. Estava no chão. Meu peito doía. Alguém me derrubou. Filhos da puta. A bola nem estava comigo.
Minha consciência abandonou meu corpo em diversas ocasiões separadas por alguns segundos de lucidez.
Meu ombro doía muito e quando o treinador me perguntou eu só consegui grunhir com raiva.
Era muita dor.
Me colocaram em uma maca. Muito provavelmente meu pai chamou uma ambulância assim que me viu ser derrubado.
Me levaram ao hospital e Kate e Dani foram junto comigo. Eu não queria abrir meus olhos. Não queria ver o caos que tinha criado.
E aceitando isso, meu cérebro desligou instantaneamente.
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Uma carta para o destino
Fiksi RemajaQuerido Destino, o amor e o ódio, não têm muita diferença quando comparados à água e ao fogo. Ambos, quatro, têm o poder de consumir tudo à nossa volta quando mal usados. É complicado saber quando se está a ultrapassar a linha limite, mas sempre sab...