—Não encosta em mim!— dei um passo para trás quando a mulher loira ia tocar meu rosto.
Tinha sido ela. A culpa não era minha.
Minha mãe colocou fogo na casa, para poder fugir com minha irmã e ir viver com seu amante. Ela contou tudo. Até ao minimo detalhe. Contou como tinha desligado o sistema de alarmes e como tinha feito parecer que a culpa era minha.
—Eu sinto muito pequeno príncipe!— disse com a mão no peito e eu neguei com a cabeça.
—Eu quase morri.— lembrei com o rosto molhado de lagrimas e a mulher suspirou.— Eu te odeio!— chorei de pé na sala de estar e minha mãe, não morta respirou fundo.
Eu realmente a odiei naquele momento e desejei que ela estivesse mesmo morta.
Não era justo.
Minha vida toda me culpei pela morte de alguém que estava muito viva da vida e vivendo o que ela planejou para si, sem se importar com os danos colaterais.
Sem se importar comigo.
—Por favor vai embora e nunca mais apareça a minha frente!— pedi com o peito apertado, pensando nas vezes que desejei que minha mãe estivesse viva, mas não era daquele jeito.
Olhei minha irmã. Minha irmãzinha estava grande e linda. Neguei com a cabeça com vontade de abraçá-la, mas não o fiz.
Ela não tinha culpa, mas mesmo assim eu não era capaz.
Escutei Emily suspirar antes de segurar na mão da Dione e juntas saírem de casa.
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Uma carta para o destino
Teen FictionQuerido Destino, o amor e o ódio, não têm muita diferença quando comparados à água e ao fogo. Ambos, quatro, têm o poder de consumir tudo à nossa volta quando mal usados. É complicado saber quando se está a ultrapassar a linha limite, mas sempre sab...