12. Precisa mesmo me tocar?

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—A temporada já vai começar precisamos nos empenhar mais!— eu conversava com meu melhor amigo quando chegamos ao estacionamento onde duas morenas me esperavam.

—Daniella, Katelyn!— Hemmet as cumprimentou e elas responderam com um aceno de mãos.— Tchau gostoso, até amanhã!— se despediu com um selinho no mesmo pescoço e eu sorri.

—Tchau te amo!— bati sua bunda e ele fez o coração do homem aranha.

Sorri e entrei em meu carro, ignorando os olhares das duas morenas que me encaravam.

Eles entraram também e fomos até minha casa, em silêncio.

Quando chegamos, todos descemos e entramos, a primeira coisa que vi, foi uma loira parada perto das escadas.

Ela sorriu para mim e eu somente a encarei.

—Olá Stacey!— Kate a cumprimentou e ela se forçou a desviar o olhar do meu para sorrir falsamente na direção da morena.

—Ah, Oi Katie, a Dani não avisou que vinha estudar, eu teria mandado preparar alguns aperitivos!

—Ela vai treinar boxe com o Seven!— Daniella informou e eu quase ri quando o sorriso falso da mulher loira tremeu.

—Ah, claro mas não acha que um instrutor certificado seria melhor?— tentou continuar a soar simpática e eu mordi meu lábio para segurar o sorriso.

—Eu treino desde os seis anos, acho que dou conta!— intervi e a loira me encarou.

—Claro que dá!— murmurou e eu sorri.

—Sendo assim, se precisarem de algo, estaremos no meu quarto, espero que não precisem!— declarei e subi as escadas, sendo seguido pela morena de olhos verde-água.

—Seu quarto é como o do Ocean!— disse de repente  observando o lugar de paredes azuis e eu franzi meu cenho.

—Quem é Ocean?— perguntei sem interesse, pousando minha bolsa de treinos perto do closet.

—O filho da Mayhem!— disse como se fosse óbvio e eu franzi mais meu cenho.— Que escreveu Sin of my skin. My fault? Obsessed? Morris? Meu Deus em que mundo vives?— perguntou aparentemente indignado com minha ignorância.

—Enfim.— deixei aquela conversa estranha para la.— Vou me trocar.

Katelyn era uma atleta então o começo foi bem fácil, fizemos alguns alongamentos juntos e eu lhe emprestei um par de luvas.

Mostrei a ela como dar um soco direito e mandei que ela treinasse no ar.

—Porquê me fez colocar luvas se não vou usar, isso é ridículo!

Ela nem ia precisar da luvas, porque eu ia dar lhe aulas de defesa pessoal, mas eu sabia que a morena estava empolgada para, em palavras dela "aprender a espancar pessoas"

—Pára de reclamar e faz o que eu mandei!— falei impaciente e a rapariga revirou os olhos, voltando a socar o ar.— Tenta não forçar demasiado o pé, tem que se posicionar direito!— tentei segurar sua cintura, mas Kate fugiu de minhas mãos sem nem tentar disfarçar.

—Precisa mesmo tocar em mim?— perguntou arrepiada e eu ri.

—Preciso, sim. Agora fica quieta!— mandei e mais uma vez me aproximei dela.

Ela estremeceu um pouco quando toquei sua cintura e respirou fundo, forçando o corpo a se acostumar com minha proximidade.

Apertei um pouco sua cintura para a fazer ficar na posição certa e precisei respirar fundo para me controlar e soltá-la.

—Agora sim.— falei e ela voltou a dar socos no ar.

Kate aprendia rápido e por isso, logo passamos para o saco de pancadas.

Terminamos o primeiro dia de treinos com alguns alongamentos básicos e eu fiquei surpreso de a Stacey não ter nos interrompido nem uma vez.

Uma carta para o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora