Capítulo 42

1.7K 155 15
                                    

Teresa 📍

Descobri que Valentina está morando em Guarulhos, e está realmente namorando.

O bom de ter dinheiro é isso, ninguém fica escondido de mim por muito tempo.

Com todas as informações que recebi, a que mais me irritou profundamente, foi o fato de que a Valentina reencontrou o pai.

Ele já deve ter feito a cabeça dela e por isso ela nunca mais entrou em contato comigo, garota idiota.

A única sorte que ela tem, é que por amor a minha irmã eu nunca machucaria ela. E apenas por isso.

Na real, a Diana não muda nada. Tá morta mesmo.

Mas a Valentina deveria ser minha filha, se tudo tivesse dado certo. Eu ia pegar ela no hospital logo após seu nascimento, mas Roberto chegou primeiro.

E ele além de tudo me afastou dela e colocou outra mulher pra ser a mãe.

Nunca vou esquecer isso.

Por muitos anos, antes de falecer, minha própria mãe me aconselhava a adotar uma criança, dizia que Valentina não era minha pra eu ficar indo atrás.

Mas ninguém entende, ela era pra ser minha. E agora, o destino preparou a reparação com a chegada do bebê dela.

Não tiro isso da cabeça, já comprei casa, planejei o quarto e já sinto que vai ser uma menina, comprei tudo pra ela e vou dar a melhor vida que uma criança pode ter.

Doprê 🚩

Passou mais um mês e meio, e hoje vamos ver se dá pra saber o sexo do bebê.

Fiz um bolão de aposta com os meninos; Barreto e Jota apostaram em menina, Brennuz e eu apostamos no menino.

Se eu ganhar já compro as fraldas, se eu perder não pago porque agora sou pai e tenho responsabilidades.

– Por acaso meu filho tem quatro pais?– Valentina perguntou cruzando os braços.

– Tá excluindo a gente?– Barreto perguntou, Brennuz e Jota começaram a tumultuar.

A médica saiu no corredor e pediu pra fazerem silêncio, leu no papel e chamou a Valentina.

Nós quatro íamos entrar, mas fomos barrados.

– Só o pai ou acompanhante..– A médica falou.– Um acompanhante só.

– Pode ir Doprê, a gente deixa.– Brennuz disse e Valentina riu.

Não entendo nada dessas coisas, fiquei um tempo brisando na tela.

– Aí ó o saco, é menino.– Falei sem pensar e tanto a médica quando a Valentina ficaram em silêncio olhando pra minha cara.

– Pedro, se fecha.. nem sabe se dá pra ver ainda.– Valentina falou.

– Na verdade, dá sim.. vocês querem saber agora ou vão fazer chá revelação?– ela perguntou.

– Fiz uma aposta, preciso saber rápido..– falei e Vavá beliscou minha mão.

– Amor, vamos fazer um chá revelação..– ela sorriu.

Cai na dela.

– Vamo fazer então.– falei.

Saímos da sala, e o Barreto já tava pulando igual uma pipoca.

– Vava quer fazer chá revelação, e não vai contar pra nenhum de vocês.. vai deixar isso na mão da minha mãe.– Falei e o brilho deles sumiram.

– Pelo menos fica mais divertido, vai ser demais ver a sua cara e a do Brennuz quando verem que é menina.– Jota falou.

– Vocês apostaram de verdade?– Valentina riu.

– Lógico!– Brennuz falou.

– É o nosso primeiro bebê do grupo.– Barreto disse.– Vai ser a criança mais sortuda da Terra, olha só o padrinho que ela vai ter..

– Mano, não começa esse assunto de padrinho!– Valentina falou e os três começaram a fazer a maior zorra até chegar em casa.

E foi um longo caminho.

Querido Leitor- NLE DoprêOnde histórias criam vida. Descubra agora