Querido Leitor- NLE Doprê

Capítulo 50

Valentina 🌨️

Sem muitas delongas quando eu ainda estava raciocinando tudo o que tava acontecendo, Diana saiu da sala do delegado e ficou estática olhando pra mim.

Ela levou uma das mãos até sua boca como se estivesse surpresa, com a outra ela apontou pra mim, em seguida olhou pro meu pai.

– É ela?– Diana perguntou e ele assentiu.

Apertei a mão do Doprê no nervosismo, e ele entrelaçou nossos dedos.

Diana veio andando até mim, mas parecia estar receosa.

Eu amo a Giselle e até hoje eu nunca chamei outra mulher de mãe, pra mim é até estranho.

Durante os minutos que eu tive pra absorver essa notícia de que a Diana está aqui, eu fiquei pensando na Giselle e pensei se seria um desrespeito com ela... Mas pensei que não foi escolha da Diana não estar comigo, então seria também uma falta de sensibilidade não aceitar ela.

Não que eu não queira aceitar. Mas é tanta coisa na minha cabeça que eu acho que estou ficando meio louca.

Doprê deu um beijo no topo da minha cabeça e acabou me tirando de todos os meus pensamentos. Só ele pra me salvar.

Olhei pra Diana e ela sorriu sem mostrar os dentes, seus olhos estavam cheios de lágrimas.

Nesse momento, deixei de pensar como filha e comecei a pensar como mãe.

Se eu fosse a Giselle estaria feliz pela justiça estar sendo feita. E se eu fosse a Diana, tudo o que eu iria querer seria abraçar meu filho.

E eu abracei ela.

– Eu pensei tanto em você!– ela disse me abraçando forte, depois segurou no meu rosto e passou a mão pelo meu cabelo.– Você é tão linda, filha... não sei se quer que eu te chame assim, desculpa.

– Tá tudo bem, pode me chamar assim se quiser.– eu sorri.

– Vai ter um menininho!– ela sorriu.– A única vez que eu te vi você tinha acabado de nascer, era tão feia.. meu Deus, como o tempo passou.

Brennuz e Doprê se escaralharam de rir e eu virei pra encarar eles.

– Seu filho vai vim igual a mim, fica rindo. Palhaço!– falei e Barreto riu do Pedro.– Você acabou de gerar um novo bullying pra mim!– brinquei e Diana riu.

– Desculpa querida!– ela disse e nos abraçamos de novo.

– Vamo embora hein?– Barreto perguntou.– Doprê tá três dias sem tomar banho, não tá dando pra aguentar!

– Deixa de ser mentiroso, seu lixo!– Pedro disse e nós rimos.

Doprê e eu combinamos da Diana ficar lá em casa até meu pai encontrar alguma casa pra ela, o que não vai demorar muito, mas quero aproveitar esse meio tempo pra conhecer ela de perto.

Não que eu vá me afastar quando ela se mudar,  mas as coisas são diferentes.

Doprê super concordou, disse que é até melhor pra mim e pra ela.

Como o quarto do Bebê ainda não tá nada modificado, deixamos pra ela. E depois resolvemos a decoração pro Levi.

Eu queria coisas bem vibe Pinterest, mas não tenho direito de escolha porque escolhi o nome.. esse mano Pedro é muito chato.

Todos jantamos lá casa da Sandra, ela e Diana se deram bem. Temi que ficasse um climão por causa do meu pai, mas as duas nem ligaram pra ele ficaram conversando sobre o querido Levi que ainda nem nasceu e já causa muito.

Meu pai levou a gente até minha casa (estou com trauma de Uber), e depois ele voltou pra casa da Sandra.

Separei uma roupa confortável (e descente) pra Diana tomar banho e usar.

Pedro e eu arrumamos o quarto pra ela, e deixamos tudo bem ajeitado.

– Fica a vontade tá?– eu disse e Diana assentiu.

– Qualquer coisa chama nós que nós somos ninjas!— Pedro brincou.

– Porque tá escrito "barras e barras" na parede?– Diana riu.

–Ah, foi o Jotapê.. ele é doido.– Doprê falou.

– Entendi.– ela disse.– Bom, obrigada queridos jovens..– sorriu.

– Boa noite sogrinha.– Pedro disse e foi pro nosso quarto.

– Amanhã quero saber tudo sobre você..– Diana falou e eu fui até ela.

– Boa noite, mãe.– a abracei e ela deu um beijo no meu rosto.

– Boa noite, minha princesa.– ela falou e eu segui pro meu quarto.

Querido leitor, aprendi que depois que se torna mãe o amor pelos nossos pais também aumenta, porque só aí conseguimos compreender os sentimentos deles.