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Valentina 🌨️
Depois de certo ponto Brennuz e Barreto me abandonaram e tive que voltar andando sozinha (com o Doprê), sozinha.
Por algum motivo quando peguei meu celular vi que Doprê, Bask e Youngui mandaram solicitação pra me seguir e eu aceitei né, já conheço eles.
– Eita, tá foragido?– perguntei pro Doprê porque ele tava andando muito rápido.
– Quer que eu ande de mão dada com você por acaso?– perguntou todo ignorante.
Assim que entramos, eu fechei o portão e fiquei na sala mexendo no celular.
Se eu não soubesse que Doprê e eu não nos damos nada bem, eu até diria que ele ficou com ciúmes.. mas ia ser uma coisa sem nexo nenhum.
– Cê tá irritado comigo é? Nem fiz nada pra você..– perguntei e ele foi pro quarto sem me responder.
Muito educado graças a Deus.
Fui pro quarto e troquei de roupa, depois voltei pra cozinha pra pegar água e terminar de assistir o filme.
Vi que Doprê tava na sala, e mesmo que eu não goste é impossível não querer irritar ele.
– Te fiz alguma coisa?– perguntei segurando a risada.
– Valentina, me deixa em paz.– respondeu.– Você é muito chata!
– Eu sou chata? Você que tá irritado do nada, nem falei com você hoje.– falei.
– Tá, só não quero papo contigo.. me deixa.– ele disse.
– Tá bom então.– falei e voltei pro quarto.
Desisti de assistir o filme, e deitei pra assistir asmr no YouTube até pegar no sono.
Acordei de manhã, sabadou.
Já tava doida pra meter o louco e sumir daqui do nada, mas nem sei pra onde eu vou.
Teresa nunca mais me mandou mensagem, nem poderia, até hoje não arrumei um chip novo.
Segui a lógica de que se ninguém sabe onde eu tô, ninguém me acha. Talvez seja uma lógica meio arriscada, mas se der errado, é a minha vida mesmo não é?
Quando eu era criança, eu amava tanto o meu pai, pra mim ele era uma espécie de herói.. mesmo que do jeito ignorante dele, do jeito fechado eu ainda sabia que ele me amava.
Depois do que aconteceu, tudo que eu via sumiu. Parece que junto com a perda da minha mãe, eu também perdi meu pai.
Não sei porque tô pensando nisso agora, talvez porque quando penso que ele possa me encontrar alguma hora fico imaginando se ele faria algo de ruim pra mim, não quero pagar pra ver... mas eu ainda sou filha dele.
Doprê bateu na porta e sem eu dizer nada ele abriu.
– Fiz café!– ele disse.
Foda-se.
– Quero não, valeu.– falei.
– Cê tá bem?
– Pedro, por acaso você é bipolar?– perguntei.
– Por acaso não, porque?
– Parece.– respondi.
– Tô sendo educado com você, não pode?
– Não precisa.– falei e ele saiu.
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Querido Leitor- NLE Doprê
Teen FictionValentina uma mulher de 20 anos que desde cedo teve que aprender a lidar com perdas, deslealdade e perseguição. Aprendeu a não confiar em ninguém e ser sempre sozinha. Mas uma vez quando sua vida vira de cabeça pra baixo, ela se ver perdida e sem sa...