Paixão Ardente

Cap 4

Skyler

Depois de falar com Jack, eu fui embora da mansão Miller e fiquei o dia todo focada nos trabalhos da minha faculdade de arquitetura, que por sinal é um dos meus principais focos agora.

Quando já eram seis da noite, eu parei de estudar e tomei um banho bem demorado.

Sequei o meu cabelo e então passei uma maquiagem bem noite. Coloquei um vestido preto bem colado sem mangas e então meu celular vibrou com uma mensagem, vi que era Lana, perguntando se já estou pronta e dizendo que chegou.

Ela sempre avisa quando já está subindo para o meu quarto.

E ela vai entrar em 3...2...1...

- Cheguei! - ela abre a porta animada.

- Eu sabia - digo e coloco outro brinco na orelha.

- E então? Vai me contar o que está acontecendo Sky?

- Vou te contar, mas preciso beber primeiro. É uma história muito louca.

- Tá legal. Vamos beber!

...

Descemos do carro na frente da boate Night Kiss, uma das boates mais caras de Nova York, meu lugar predileto para sair.

Eu e Lana entramos rapidamente e vamos direto para o bar. Como eu já tinha dito, preciso urgentemente de bebidas.

Depois de tomar dois shots eu olho para Lana e já solto de uma vez.

- Eu estou namorando o Jack.

Ela cospe a bebida na mesma hora e me olha com os olhos arregalados.

- Você só pode estar me zuando. Como assim? De repente? Como? Quando? Amiga!

- Calma! Não é de verdade, só estou contando para você, então não espalhe. Estamos fingindo.

- Fingindo?

Eu pego mais dois shots e viro.

- É, para fazer ciúmes no David.

- Ai amiga, eu não acredito.

- Não me julga por favor, é a última coisa que eu tento.

- Como você pede para eu não te julgar poxa? Você está em um namoro falso!

- Shhhh, não fala em voz alta - sussurro para ela.

- Só não entendi uma coisa. O que o Jack ganha com isso?

- Nem eu entendi direito amiga. Só sei que, quando o David viu que estávamos juntos hoje de manhã, pareceu irritado, o que pode significar ciúmes.

- Ou não.

- Ou sim! Mas enfim. Vamos dançar - puxo ela para a pista e começo a dançar.

Começo a dançar e rebolar no ritmo da música sentindo a energia percorrer meu corpo. Preciso me divertir, o irmão Miller por quem eu sou apaixonada, está namorando outra e o irmão Miller que eu odeio é meu namorado falso. São muitos problemas nos quais não quero pensar.

Um carinha loiro sentado no bar começa a me encarar enquanto eu danço com Lana e eu o encaro de volta. Ele dá um gole na sua bebida e então vem andando na minha direção.

- Minha deixa - Lana fala e sai pelo outro lado voltando ao bar.

O loirinho estava quase chegando em mim quando um homem enorme entra na frente. Olhei para cima, fazendo com que meus olhos fossem de encontro às esmeraldas brilhantes de Jack se misturando às luzes da balada.

- O que está fazendo?

- Impedindo que você seja vista como traidora.

- Como é? - pergunto indignada.

- Essa balada é conhecida, e você também. Logo vão saber que estamos juntos e vão se lembrar bem de você com outro homem aqui. Porque as pessoas falam Skyler - ele me puxa pela cintura.

- Jack Miller, é bom me soltar - digo e ele olha para o lado sorrindo.

- Ah Skyler, você não sabe com quem está lidando.

- Ah Jack, eu sei - estou lidando com um homem assim como todos os outros.

Eu pego o queixo dele e faço com que olhe para mim. Coloco as mãos em seus ombros largos e fico na ponta dos pés.

Nossos rostos agora estão bem próximos e eu desço uma de minhas mãos por seu peito até chegar no abdômen.

Ele me encara com tanta intensidade que chega a ser palpável. Como eu disse, um homem.

Não me contenho e deixo escapar um sorriso por ter conseguido desestabilizar ele tão fácil. No mesmo momento ele me aperta mais contra si.

- Quem está manipulando agora Sky?

- É engraçado Jack. O garoto que costumava colar chiclete no cabelo das bonecas de uma garotinha agora estar agarrando ela assim.

- A garotinha não agia como uma puta.

Minha expressão se fecha e eu empurro seu peito tentando me soltar. Mas ele faz isso por mim.

- Não pedi para vir atrás de mim babaca - cuspo as palavras.

- Eu não vim atrás de você Skyler. Estou com meus amigos em uma boate, como eu havia dito conhecida e por acaso você e seu "programa tranquilo" vieram também.

- Por isso nunca me aproximei de você. Sempre um idiota, sempre dizendo coisas desnecessária. O acordo está de pé, mas me deixa fazer minhas coisas em paz Jack! - passo esbarrando nele e vou até Lana no bar.

Minha amiga me olha e eu olho para trás vendo Jack se dirigir ao camarote com alguns amigos.

- Eu não suporto ele - me viro para o bar de novo e me encosto no balcão.

- Aquilo ali que rolou foi pura tensão amiga.

- Ele me chamou de puta!

- O que?! Que desgraçado!

- Preciso me divertir, e com ele aqui é impossível!

- Não deveria ter aceitado esse acordo. Você sabe como ele é.

- Eu sei. Mas se ele acha que e sou a menina de 15 anos que ele facilmente enganava, ele está errado.

- Amiga - ela toca meu braço enquanto olha para alguém atrás de mim.

Eu me viro dando de cara com o loirinho que estava me encarando e então abro um sorriso.

- Aquele cara é seu namorado?

- Nossa relação é complicada.

- É algo que te impede?

- Na verdade não. Não é.

Nesse momento Lana já deu no pé.

- Que bom - ele se aproxima e coloca um dos braços no balcão bem ao meu lado - Sabia que ele acompanhou meus movimentos até você, lá daquele camarote tentando me intimidar? Mas eu tive que vir até aqui.

- Bom saber que Jack não botou medo em você - diminuo a distância entre nós.

- O que quer beber? É por minha conta - ele me encara e então olha para a minha boca.

Alguém me puxa pela cintura e então me levanta do chão me colocando nas costas.

- Jack!

- Eu avisei ruivinha. Não vai ficar com ninguém hoje.

- Você não é ninguém para me impedir!

Ele caminha comigo em direção ao camarote.

- Vou apresentar minha namorada aos meus amigos. E amanhã você vai almoçar lá em casa, David vai levar a namorada, vai ser tipo um domingo em família.

- Porra!

CONTINUA...