Cap 34

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Jack

Não...não...não...

Isso não pode estar acontecendo, não quando finalmente eu estava tão feliz com a mulher que eu amo. Tudo que construímos juntos está desmoronando diante de mim, e eu não posso fazer nada.

Quando saio do quarto de hospital de Skyler, eu estou suando, minhas lágrimas ainda molham o meu rosto e eu me sinto perdido, um fodido...não posso perdê-la, tenho que arrumar uma maneira de concertar isso.

Passo a mão pelo cabelo e olho para frente vendo David escorado na parede. Pela sua feição ele parece estar gostando muito de me ver assim, um completo fedido, pareço um perdedor agora. E eu sou, por ter perdido ela...

- Pela sua cara a conversa não foi boa, irmão - ele vem até mim.

- Está feliz? Irmão? - pergunto cheio de ódio - Meus parabéns - abro os braços - Você conseguiu o que queria desde o dia em que ela me escolheu, eu a perdi. Você! - coloco o indicador no peito dele o empurrando - Você tirou ela de mim! Você a feriu para depois tirá-la de mim! - seguro sua gola com força e ele ri - Ela está doente! Como pôde fazer isso com ela?! Você sabe o que ela tem? Sabe pelo que está passando e o que ela está tendo que enfrentar? Não pensou nisso? Você é um lixo! - o balanço pela gola.

- Ah Jack, irmão querido, estamos em um hospital, não haja como o selvagem que você sempre foi. E sabe, Jack...talvez se atolando, você tenha feito um favor a ela. Livrar-se de você foi a melhor coisa que já aconteceu para Skyler.

- Cale a merda da boca - cuspo e o solto fazendo com que ele cambaleie para trás.

Eu passo por ele e quando já estou quase no elevador ele grita:

- Ah! E não se esqueça, não pode sair do país, tem um mandado martelando nas suas costas, logo a polícia aparece para te pegar e ser foragido não vai pegar bem.

- Desgraçado, vai para o inferno - sussurro sem me virar para trás e sigo meu caminho.

...

Soco a parede do banheiro enquanto a água do chuveiro encharca meu cabelo. Eu vou achar provas e  testemunhas, vou fazer você pagar. Eu sabia que era você David e agora você só me deu a certeza.

Agora você desenhou um lindo alvo bem na porra das suas costas. Eu não vou te perdoar por isso, não vou te perdoar por colocá-la contra mim.

Termino meu banho e assim que saio do banheiro enrolado na toalha, ouço batidas agressivas na minha porta. Rufus imediatamente começa a latir e rosnar, eu visto qualquer coisa e jogo a toalha no cesto de roupas do quarto. Depois saio do mesmo e encontro Rufus nervoso e parado diante da porta, enquanto a pessoa do outro lado continua batendo.

- Jack Miller! É da polícia, temos um mandado e não só queremos como podemos entrar!

Eu abro a porta e olho para os três policiais bem na frente da minha porta, um deles segura o mandado bem na minha cara.

- Podem entrar - digo calmo me afastando da porta.

Eles olham adiante e veem Rufus em posição de ataque rosnando para eles.

- É bom que seu cachorro não ataque - avisa um segundo policial.

- Rufus, senta - digo e no mesmo instante o cachorro se senta ficando quieto. Volto meu olhar para os policiais - Ele não vai atacar.

Paixão ArdenteOnde histórias criam vida. Descubra agora