God speed your love to me

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Leah estava caminhando por um parque cheio de flores das mais variadas espécies.

Foi analisando as plantas com calma vendo algumas folhagens coloridas e sorriu ao ver uma touceira com rosas apresentando uma pétala de cada cor.

Aquele lugar era muito diferente do que qualquer um que ela já tenha estado.

E pensando profundamente, ela não se lembrava de como havia ido parar ali.

Quando olhou para frente procurando o fim do caminho adornado por pedras brancas, visualizou um gazebo branco rodeado por delfinos nas cores azuis e lilás plantados para que crescessem como cortinas penduradas na estrutura da construção e lá dentro fazendo seu coração bater mais rápido, conseguia ver as costas de Helena.

Ela estava com um belíssimo vestido azul claro que ia até os joelhos sem mangas, com uma saia rodada.

Seus cabelos curtos e castanhos claros estavam presos em um coque frouxo com algumas mechas soltas.

Ao se virar para Leah, Helena sorriu e estendeu os braços a chamando.

Leah retribuiu o sorriso e começou a correr o mais rápido que conseguia para chegar até ela.

Porém, parecia que quanto mais rápido ia, mais distante ficava o gazebo.

Como se cada passo para frente fossem equivalentes a três passos para trás.

A jogadora correu tanto que sentiu seu fôlego indo embora em certo ponto.

Em dado momento, já ofegante e sem ar, a inglesa parou e apoiou as mãos nos joelhos tentando respirar fundo.

Ao realizar esse gesto, sentiu seus braços escorregarem fazendo com que ela olhasse para baixo querendo saber o porquê.

Um vermelho carmesim cobria suas mãos de um jeito que ela não conseguia ver nem as unhas.

Era sangue... muito sangue.

E quando ela olhou para frente em desespero, pode ver que esse sangue vinha do abdômen de Helena.

Era possível ver o ferimento com sangue espalhando-se ao redor do tecido do vestido.

A morena não tinha mais a expressão feliz e sim de puro pânico, desespero e dor.

A mesma expressão daquele dia...

Leah voltou a correr com mais afinco vendo que Helena estava caindo aos poucos, mas mesmo a toda velocidade que seu corpo de atleta permitia, não conseguiu chegar antes de ver o corpo da mulher cair em um baque mudo no chão daquele gazebo.

Manchando o local com ainda mais do líquido pegajoso que não parava de sair daquele machucado.

O vestido antes de um azul claro, agora estava manchado de vermelho sobrando pouco tecido ainda limpo.

Quando finalmente chegou perto, pôde ver a mulher com seus olhos verdes cheios de lágrimas enquanto aos poucos, ia parando de respirar.

-Helena... Não faz isso comigo.... Por favor Helena, eu preciso de você, a Amy precisa de você... Eu não consigo respirar sem você, por favor... Não me deixa aqui sozinha.

Ela sentiu a mão da esposa ir de encontro ao seu rosto e logo cair enquanto as pupilas da morena iam parando de focar no rosto de Leah.

Apenas o brilho das lágrimas havia restado, por que o frescor da vida já tinha sido levado pela mão fria e impiedosa da morte.

Por mais que ela tentasse, pedisse, implorasse e abraçasse o corpo inerte da mulher sujando sua própria roupa com o sangue de seu ferimento, não adiantaria mais.

Helena não mais corresponderia aos seus abraços...

Não lhe recepcionaria com o sorriso caloroso de sempre...

Helena estava morta e nada a traria de volta...

Leah estava sozinha.

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