...e cada verso meu será... pra te dizer... que eu sei que vou te amar...

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Leah sentia raiva de si enquanto se lembrava daquilo.

-Ela nunca jogou na minha cara o que eu fiz... Em nenhuma discussão, nunca. A Helena era... Uma pessoa extraordinária. -Ela observou. -Uma pessoa muito melhor que eu.

-Ela era incrível mesmo. O tipo de pessoa que nos entende só com o olhar... Como eu sinto falta de conversar com ela. -A jornalista falou vendo Leah balançar a cabeça enquanto limpava as lágrimas que reinavam em escorrer.

-As vezes eu chego em casa com a intenção de contar alguma coisa pra ela... Algo que aconteceu no meu dia, alguma novidade. -Leah falou fungando. -E eu me lembro que ela já partiu...

-Eu tenho a mesma sensação amiga... -Alex concordou.

Elas iriam continuar conversando sobre as lembranças que tinham com Helena se Amy não tivesse chegado em um rompante assustando as duas.

Leah, por instinto maternal pulou do chão assim que viu a filha com o rosto vermelho e banhado em lágrimas enquanto soluçava.

-O que aconteceu filha? -Perguntou a pegando no colo e sentindo os braços da garota apertando seu pescoço enquanto a menina se agarrava a si como se sua vida dependesse disso.

-Eu vi ela mamãe, eu vi ela mamãe... -Repetiu alto e a jogadora olhou para Alex que também tinha uma expressão assustada. -Eu não sonhei, eu vi ela tia Alex. Ela estava na saída da escola. Falaram que eu estava maluca, mas eu sei o que eu vi...

A coordenadora da escola em que Amy estudava bateu na porta aberta pedindo licença.

-O que aconteceu Sra. Stephens? O que a Amy viu? -Leah perguntou fazendo carinho nas costas da filha ouvindo seus soluços diminuírem.

Não conseguia imaginar quem poderia ter assustado a menina daquele jeito.

Antes que a mulher falasse, Amy olhou para a mãe com toda a firmeza que uma criança de 10 anos poderia ter enquanto mantinha os olhos verdes banhados em lágrimas.

-Eu vi a mamãe Helena na saída da escola!

Leah ficou chocada com aquela informação vendo a mulher de meia idade sorrir constrangida com aquilo.

Não existia a menor possibilidade daquilo ser real.

A jogadora ficou sem palavras enquanto Alex aproximou -se das duas.

-Meu amor, não tem como você ter visto a mamãe... Era alguém muito parecido com ela e... -Tentou falar com toda a calma que tinha vendo a garotinha balançar seus cabelos ruivos enquanto negava olhando suplicante para a mãe.

-Eu seria capaz de reconhecer a mamãe com os olhos fechados no escuro. Era ela sim... -Amy respondeu convicta. -Eu sei que ela está morta... E sei que era minha mãe lá. Por favor, acreditem em mim...

-Ela tentou sair correndo atrás da mulher, mas nós a pegamos a tempo. -A coordenadora informou fazendo Leah arregalar os olhos e recuperar-se do choque. -Alguns pais que estavam lá disseram que não viram nada... Eu sinto muito.

-Amy você não pode sair da escola sem a campainha de um adulto... -Alex disse e Amy a interrompeu saltando do colo de Leah indignada.

-Vocês não estão me ouvindo? Eu vi a minha mãe, ela estava lá...

O jeito como a menina repetia aquilo acabou deixando Leah nervosa.

-Chega Amy. Não tem como você ter visto sua mãe por que ela está morta... - Falou severa ouvindo o choro da filha aumentar. -Alex, leva ela lá pra cima por favor, eu já vou. -Pediu enquanto via a amiga seguia Amy que saiu correndo escada acima. -Sra. Stephens... Eu agradeço por trazer a Amy em casa... Mas agora eu cuido disso.

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