Entregue em suas mãos

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Soraya>>>
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_Senta no meu colo, princesinha da tia_ dei duas batidinhas em minha coxa.

_Por quê a senhora ainda não voltou pra casa?_ me perguntou.

_Porque agora eu moro aqui nesse apartamento meu amor_ fiz carinho em seus cachinhos.

_Mas e por quê a senhora não vai lá na casa da vovó?_ Samantha me olhou.

_Eu e a vovó não estamos bem_ disse.

_Como não estão bem? brigaram?_ indagou.

_É meu amor_ ela rolava o anel em meu dedo.

_E por quê não se acertam? aí a senhora volta pra lá_ disse genuinamente.

_Filha, por quê não fala pra sua tia da apresentação da escolinha?_ minha irmã falou.

_Eu cantei titia, junto de meus coleguinhas?_ disse toda alegre.

_Foi meu amor? cantou direitinho?_ ela balançou a cabeça em positivo.

_Depois ganhamos um balão, o meu era de florzinha_ falou.

_Que coisa linda meu amor_ beijei seu rosto.

_Sol, e como estão as coisas aqui?... se acostumou?_ perguntou Samantha.

_Sim, já estou bem familiarizada com o lugar_ ela sorriu.

_E cadê Simone? trabalhando?_ perguntou.

_Ela saiu para comprar algumas coisas, já deve estar voltando_ falei.

_Titia, cadê a sua cachorrinha? quero brincar com ela_ saiu do meu colo.

_Ela tá no quartinho, vamos lá_ lhe carreguei.

Fui subindo os degraus da escada um pouco devagar, havia torcido o pé cinco dias atrás durante uma queda no banho, e agora uso uma botinha pra ir melhorando com o tempo, Simone quase não deixou que eu fosse pro trabalho por conta disso, não queria que eu fizesse esforços, mas eu insisti para ir, ela não quis medir forças comigo, se ela é teimosa, eu sou mais ainda.

_Tete, tem alguém querendo brincar com você_ a peludinha saiu de sua caminha e veio correndo até nós.

_Oi tete, vamos brincar?_ coloquei minha sobrinha no chão.

_Qualquer coisa a tia tá lá na sala tá bom?_ ela assentiu.

A porta ficou aberta, voltei para o andar de baixo, minha irmã falava com alguém no celular, logo percebi que era o pai de Luna, pelo tom irritado de Samantha, era assim muitas vezes.

_Que cara chato, onde eu tava com a cabeça pra gostar desse homem?_ ela me olhou.

_Você se apaixonou, e ele foi um babaca com você, não se culpe, você está sendo uma boa mãe durante esses cinco anos, não duvide disso_ ela suspirou após minha fala.

_Vem cá, aquele..._ ela ia falar algo, quando Simone chegou.

_Ei amor, oi Samantha, como vai?_ falou.

_E aí cunhadinha, vou indo, e você?_ se levantou para dar um abraço em Simone.

_Vou bem, e você amor? se comportou direitinho? fez algum esforço?_ perguntou.

_Relaxa, não fiz nada_ não contei que levei minha sobrinha de cinco anos para o andar de cima.

_Já volto aqui com vocês_ avisou.