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Simone>>>


_Não quero mais, enjoada_ Soraya dispensou o vinho que iria colocar de novo em sua taça.

_Quer um suco? posso pedir_ sugeri.

_Sim, eu quero, de laranja por favor_ assenti, chamei o garçom.

Ele anotou o pedido do suco, logo iria trazer, sorri para ela e passei a mão na sua, que sorriu para mim também, hoje ela tomou apenas um taça de vinho, mas deixou um resto ainda, e olha que é do vinho que ela adora, não sei o que há com minha pequena.

_Hoje você foi incrível na reunião_ lhe lembrei.

_Obrigada amor, você que me ensinou a ser assim_ disse com um sorriso.

Estoquei meu braço e toquei seu rosto, fazendo um carinho, ela fechou os olhos ao meu contato e sorriu, tão linda, como sempre foi, ela é perfeita, desse jeito que é e da forma que ela quiser ser, jamais irei deixar que alguém coloque ela para baixo, e lhe fale coisas ruins.

Passou dois dias daquele pequeno episódio na minha empresa, onde a filha da puta da Bianca falou de seu corpo, isso é como gatilho para o meu vagalume, queria esganar aquele vadia, só não fiz por conta de Soraya, e lhe deixei ali ainda com seu trabalho, por conta de Soraya também, que sentiu pena.

_Aqui seu suco, senhorita_ o rapaz colocou o copo ao lado do prato dela.

_Vamos amanhã no hospital_ falei.

_Vamos sim_ disse naturalmente. _Espera, vamos onde amanhã?_ acho que ela não ouviu direito o que eu havia falado.

_Eu falei que vamos amanhã no hospital_

_O que vamos fazer?_

_Quero saber o que está acontecendo com você, o que causando em você esse mal estar_

_Não é preciso amor, eu me sinto bem_

_Hoje sim, mas ontem, antes de ontem, você não estava, lembrada?_ ela deu um sorriso sapeca.

Ontem ela passou o dia deitada, não foi ao trabalho, voltei mais cedo para ficar com ela, e no mesmo dia colocou pra fora tudo o que comera durante o dia, quis lhe levar logo no hospital, mas ela disse que um chá iria resolver, hoje ela amanheceu melhor, fomos trabalhar, e de lá, viemos jantar fora.

_Preciso ir no banheiro amor, volto, estou apertada_ ela disse de repente.

Levantou de sua cadeira e seguiu para o banheiro, logo fiquei preocupada, não parecia que ela estava apertada, é como se tivesse sentido uma nova ânsia, e sua demora me fez ficar mais ainda aflita, quando ela voltou, disse que estava tudo bem.

_Queria ir embora amor, estou com sono_ falou, colocando a mão na boca ao bocejar.

_São oito ainda, sente sono?_ lhe olhei.

_Sim, hoje o dia foi cansativo amor_ bocejou outra vez.

_Tudo bem, vou pedir a conta_ ao sairmos do restaurante, chamei um táxi.

Havia bebido, e não ia querer dirigir, Soraya foi a viagem inteira do táxi até nosso prédio, com a cabeça deitada em meu ombro, mas não dormiu, quando chegamos, subimos para nosso andar, ela se sentou no sofá ao entrarmos no apartamento.

Entregue em suas mãosOnde histórias criam vida. Descubra agora