Entregue em suas mãos

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Simone>>>
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_Banheira agora, qual levamos?_ sol me perguntou.

_Podemos levar essa aqui amor_ lhe mostrei uma da cor branca cheia de desenhos.

_Ela é linda, vai ser essa_ peguei e fiquei segurando.

_Vou riscar banheira também, agora falta..._ ela ia dizer.

_Soraya? é você mesmo?_ uma mulher apareceu.

_Oi Brenda, quanto tempo_ as duas deram um rápido abraço.

Iniciaram uma conversa animada, fiquei de escanteio, aproveitei então para olhar algumas roupinhas, era uma mais linda que a outra, voltei para perto delas de novo, e logo pude ouvir uma pergunta ser feita pela tal Brenda.

_E quem é o pai?_ perguntou.

_Eu sou a mãe do bebê que ela carrega_ eu disse, colocando a mão na cintura de Soraya.

_A m-mãe? como assim Soraya?_ olhou para ela.

_É isso aí Brenda, ela é a mãe do nosso filho, e estou noiva_ Soraya então mostrou sua mão.

_Eu... nem sei o que falar... estou surpresa_ disse a mulher.

_Não diga nada, podemos ir amor?_ chamei por ela.

_Claro, foi bom te encontrar Brenda_ Soraya passou a mão no ombro da amiga.

Peguei em sua mão, beijei, e saímos andando para outras partes da loja, deixando a mulher ali parada.

_Quem era aquela?_ decidi perguntar.

_Uma colega que trabalhou comigo, não sabia que ela estava no Rio_ falou.

Assenti, pegamos mais algumas coisas e fomos então para o caixa, tivemos, como de costume, uma pequena discussão para ver quem pagava.

_Eu deixo você pagar um sorvete pra nós_ falei.

Como uma criança, ficou afastada de mim, com um biquinho fofo e os braços cruzados, olhando para a rua, ô mulherzinha brava.

_Iremos aguardar, bom dia_ disse à moça do caixa e me dirigi até Soraya.

_Vamos amor, logo eles vão levar as coisas_ peguei em sua mão e andamos até o carro.

Ela levou a sério de que poderia pagar um sorvete para nós, fui com ela até uma sorveteria em frente à loja de bebê que estávamos antes, comprou dois de copinho, e logo voltamos para o estacionamento.

_O mundo está perdido mesmo, duas mulheres juntas, onde já se viu?_ falou uma mulher que ia passando em nossa frente.

_Deveria se preocupar com seus chifres, e seu casamento falido, não com o nosso amor_ falei tranquilamente.

Abri a porta do carro para Soraya entrar, e eu entrei logo em seguida, a mulher ficou perplexa com minha, dei de ombros, arranquei com o carro dali, indo para nosso apartamento.

_Gostei do que falou amor_ Soraya me disse, sorrindo.

_Quem manda se incomodar com nossa vida, né filha?mamãe só está defendendo_ levei a mão até sua barriga.