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Simone>>>


Depois de uma semana daquele episódio na empresa, Soraya se sentiu melhor para voltar, durante três dias após aquela tarde, ela teve pesadelos com aquele infeliz a atacando, uma droga agora esse cara não ter continuado preso, como não acreditaram na sol? a polícia daqui não fez um bom trabalho, minha vontade era de simplesmente pegar a Soraya e ir embora para o Canadá, longe dessa confusão, ela não merece passar por isso.

_Ei amor, você quer torrada?_ ela me perguntou.

_Não amor, vou comer bolo mesmo_ me sentei.

_Você viu a bagunça que tava na cozinha?_ me olhou.

_Não amor, o que foi?_ peguei a jarra de suco.

_O prato de ração da tete tava revirado, e o lixo tava todo espalhado por aqui_ falou.

_Como pode uma bolinha de pêlos desse tamanho fazer tanta bagunça?_ Soraya sorriu.

_Agora ela tá dormindo_ apontou para a caminha que ela tem na cozinha.

Tomamos nosso café recheado de risadas, como era bom estar vendo ela sorrir de volta assim, e estar tão feliz, minha mãe e irmã vieram aqui fazer uma visita, eu contei do que aconteceu, as irmãs dela vieram também, e mais uma vez, sua mãe apareceu, talvez Samantha ou a Sara tenham contado à ela, mas quando ela veio, foi sozinha de novo, e no momento, a Soraya estava dormindo.

"eu quero ver ela, é minha filha"... "eu estou cuidando dela, já lhe disse isso"... "mas eu quero ouvir ela me falando que está bem"... "ouça de mim, que sou mulher dela, Soraya está bem agora"... "minha filha jamais estará bem vivendo com outra mulher, você fez a cabeça dela"...

"eu só ajudei sua filha a ser feliz de verdade, é o que ela está sendo agora, feliz"... "a felicidade dela é ao lado do Carlos, que não devia ter largado..." "a senhora tá ouvindo o que tá falando? sua filha era agredida por ele, como ela poderia ser feliz com aquele cara?"...

Lembro de ter fechado a porta logo depois que eu lhe falei aquilo, não ia ficar ouvindo aquelas coisas que ela insistia em falar, subi para o quarto após isso e me deitei ao lado da Soraya, atrás dela, lhe fazendo um carinho, enquanto chorei silenciosamente por lembrar daquelas malditas palavras, Soraya só precisava e precisa de cuidado, e a mãe dela ainda quer jogar a filha para a beira da morte, porque é isso que acontece em uma relação a qual a sol vivia.

_Amor? tá bem? ficou calada de repente_ vi ela tá estalando os dedos na minha frente.

_Ah, sim, está sim, só estava com a cabeça longe_ tomei um gole de suco.

_Onde estava com essa cabecinha?_ vi ela pegar a geleia.

_Não é nada de mais amor_ pensei se contaria ou não que sua mãe esteve aqui.

_Amor, assim como você diz pra mim, eu também digo, eu estou aqui, fale comigo, me conte o que há_ segurou minha mão por cima da mesa.

_Sua mãe esteve aqui um dia desses_ disse sem enrolar.

_Minha mãe?... de novo? e o que... o que ela queria?_ me olhou.

_Saber de você_ baixei minha cabeça.

_Apenas isso ou..._

_Depois ela começou a falar algumas coisas ruins e eu..._

_Você fez o quê?_

_Apenas disse umas verdades e fechei a porta_

_E ela não ficou batendo? insistindo?_

_Por alguns minutos sim, mas eu subi pro nosso quarto logo_

Entregue em suas mãosOnde histórias criam vida. Descubra agora