• Fernando de Noronha

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Os dias anteriores no Atacama haviam sido repletos de momentos incríveis, mas confesso que a escolha inicial desse destino não seria a minha. No entanto, ao final da semana, me apaixonei por cada detalhe daquela paisagem desértica. Passeios, sexo, experiências culturais , mais sexo com a Maya, tornaram essa última semana memorável.

No avião após pedir uma massa que, ao tocar meu estômago, previamente alertava que me arrependeria, adivinhei corretamente. Assim que chegamos no aeroporto eu corri pra colocar tudo pra fora.

— Tá melhor, amor? — Sua voz transmitia preocupação.

— Sim — respondi, emergindo — Só precisava me livrar daquela massa horrível.

Maya me estendeu uma garrafinha de Gatorade, um gesto simples que demonstrava cuidado. Após lavar o rosto e retocar a maquiagem para enfrentar possíveis fãs no desembarque particular, meu celular vibrou com a mensagem no grupo avisando que tinham chegado.

— Saudade do nosso Piccolo — comentei

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— Saudade do nosso Piccolo — comentei.

— E eu então, até dos chutes dele na cama — ela brincou.

— Anotado: cama king na nossa casa nova, dividir com o Lucca e o Capitão está ficando complicado — sorri enquanto saíamos do banheiro.

— Será que minha mãe sabia que esse cachorro cresceria tanto quando me deu? — Maya refletiu, e rimos juntas.

Ao nos aproximarmos do desembarque particular, uma voz familiar rompeu o ambiente.

— MAMÃEEEEEEEES!

Lucca veio correndo em nossa direção, pulando no colo de Maya, que tentava equilibrar o impacto.

— Meu amor — brinquei — Cuidado ao pular na mamãe.

— Eu me esqueci, desculpe, mamãe — ele abraçou Maya pelo pescoço.

— Não tem problema, meu amor.

— Tá tão lindo — elogiei Lucca, que se inclinou para vir para o meu colo.

— Eu estava com saudade — ele admitiu.

Caminhamos até a nossa pequena comitiva que aguardava com as malas.

— Não tá muito grande pra ficar no colo não, cara? — Travis provocou Lucca.

— Não — ele respondeu com determinação.

— Tá melhor? — Andrea perguntou, me dirigindo um olhar compreensivo.

— Sim — sorri, agradecendo pelo cuidado do meu irmão.

— Podemos ir logo? Tô cozinhando de calor — Vic disse impaciente.

— Também, você está vestida pra ir pra Suíça — Maya brincou.

— No avião tava frio, ok? — Vic justificou.

— A Vic é tão pobre que ela se esquece que pode controlar o ar condicionado do avião — Emmet provocou.

— Ela nem imagina o que dá pra fazer naquele avião — comentei, e Maya riu.

— Não vão começar vocês duas — Andrea pediu — Vamos logo.

A van nos aguardava na saída do aeroporto, pronta para nos levar a mais uma etapa da nossa lua de mel. Lucca, encantado, olhava pela janela, absorvendo cada detalhe.

— Gostou, meu amor? — Maya perguntou, um sorriso iluminando seu rosto.

— É lindo demais, igualzinho nas fotos — Lucca respondeu, radiante.

A escolha de Fernando de Noronha para essa viagem foi minha, uma decisão consciente de querer explorar o Brasil de uma maneira mais tranquila e refletir toda a sua beleza. Maya deitou a cabeça no meu ombro, e eu a beijei no topo da cabeça. Emmet, com sua habitual descontração, fez um coraçãozinho com as mãos para nós.

— CAIPIRINHA — Travis gritou, abrindo a janela da van.

— Que isso?? — Andrea questionou, lançando um olhar intrigado para ele.

— É uma bebida alcoólica — explicou, rindo — Não sei como é, mas sei que é famosa aqui no Brasil.

— Então queremos muitas caipirinhas — Vic declarou, e todos rimos.

Ao chegarmos à Pousada Zé Maria no final da manhã, subimos para deixar as malas e trocar de roupa. Quando saí do banheiro, vi Maya na varanda, contemplando a vista. Aproximei-me por trás, abraçando-a e depositando um beijo carinhoso em seu ombro.

— Que incrível estar aqui com você — ela disse.

— Parece que estamos num sonho, né? — comentei, e ela assentiu.

— Eu quero nosso bebê — ela confessou.

— Nós vamos ter, bambina — sorri.

— Eu quero tipo agora — ela virou para mim — Preciso urgentemente de um pedacinho seu nos braços.

Bella — sorri, sentindo lágrimas nos olhos — Eu também quero muito.

— Mas... — ela começou.

— Mas você sabe que vou entrar num trabalho grande agora, passei muito tempo parada — expliquei.

— Tudo bem, tudo bem — ela disse sorrindo — Eu tinha me esquecido, então nós vamos esperar.

— Vamos — esfreguei meu nariz no dela, dando um selinho em seguida. O cenário paradisíaco de Fernando de Noronha parecia o cenário perfeito para os nossos sonhos futuros.

 O cenário paradisíaco de Fernando de Noronha parecia o cenário perfeito para os nossos sonhos futuros

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