• Você já foi mais criativa

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Bloqueei o celular respirando fundo pensando se foi uma boa ideia aceitar a melissa como fonoaudióloga

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Bloqueei o celular respirando fundo pensando se foi uma boa ideia aceitar a melissa como fonoaudióloga.

— Amélia, você vai pra casa comigo — falei entrando na sala dela.

— E eu não trabalho mais DeLuca? — ela me olhou tirando a atenção dos exames.

— Você só enrola Amélia, eu preciso muito de você — falei quase implorando.

— Que desespero é esse? — ela perguntou.

— Eu meio que aceitei que a amiga da Maya fosse me atender hoje lá em casa.

— A Melissa? — ela perguntou

— Como você sabe que é a Melissa? — perguntei pra ela.

— Ué Carina eu conheço a melissa e sei que ela é fonoaudióloga

— Como todo mundo conhece a Melissa, menos eu? — indaguei a Amélia.

— Você nunca se interessou em saber de nada que estava acontecendo em Seattle enquanto estava fora. — Ela respondeu com um encolher de ombros desinteressado

Revirei os olhos, incapaz de negar sua acusação.

— Vai comigo? — perguntei novamente, esperando que desta vez ela aceitasse.

— Sim, eu vou. — Amélia concordou.

Aguardei pacientemente enquanto ela arrumava suas coisas. Saímos juntas do consultório e seguimos para buscar Martina e Scout. Na creche, perguntei à responsável se Martina havia dado trabalho.

— A Martina não deu trabalho nenhum, ela se comportou como um anjo. — ela respondeu  sorrindo olhando pra ela.

— Então é assim, Martina? — olhei pra ela — Você chora em casa e com outras pessoas você é  o bebê mais fofo do mundo. — falei rindo e Amélia tbm riu enquanto ajeitava o Scout no colo.

— Se acostume, o Scout tenho certeza que gosta mais das tias da creche e da Jo do que de mim. — ela falou olhando pra ele que olhava para todo mundo que passava mandando beijo — Deixa de ser assanhado garoto — ela sacudiu ele que gargalhou.

— Deixa o miss simpatia da dinda — sorri pra ele e Martina chorou incomodada no meu colo — Tá tá já vamos pra casa.

Ao chegarmos ao carro, ajustamos as cadeirinhas no banco traseiro e seguimos em direção à minha casa. Durante o trajeto, aproveitei para questionar Amélia sobre Melissa.

— Me diga mais sobre a Melissa. — pedi.

— Vi a Melissa apenas duas vezes, mas ela parece ser uma pessoa muito simpática. — respondeu Amélia.

— Hm — respondi sem desviar os olhos do trânsito.

— Também tive a impressão de que ela é muito bem casada e muito apaixonada pelo marido, então não haveria motivo para ciúmes. — Amélia falou e deu uma risada que me fez revirar os olhos mais uma vez.

Nossa conversa foi interrompida pelo choro agudo de Martina.

— Olha ela aí pra eu não precisar parar o carro — pedi pra Amélia — O brinquedo dela deve ter caído no chão.

— O que foi meu amor — Amélia disse olhando pra ela que parou de chorar no mesmo instante.

— Ela só quer atenção — falei balançando a cabeça.

— Ela tem a mesma personalidade das mães. — comentou Amélia.

—  Ela vai ser o nosso carma. — concordei, sorrindo ironicamente.

Chegamos em casa e eu subi para trocar a fralda da Martina e quando desci, Amélia estava na cozinha e Melissa já tinha chegado e brincava com Scout no colo.

— Oi Melissa — tentei parecer o mais simpática possível.

— Ei, Carina, tudo bem? — ela me cumprimentou com um beijo no rosto.

— Tudo sim! Obrigada por ter vindo me atender de última hora — falei.

— Não precisa me agradecer, eu amo a família de vocês — ela disse

Scout puxou meu cabelo enquanto eu falava com ela dando uma risadinha.

— Você não pode ver um colo que já se oferece né? — olhei pra que ele bateu palminhas.

— Eu fico com eles enquanto vocês fazem a sessão — Amélia disse pegando Martina do meu colo.

— Mas foi pra isso que você veio mesmo — falei.

— Vou fingir que você disse que me chamou porque ama minha presença — ela disse me empurrando com o ombro.

Subi com a Melissa para o escritório e logo começamos a sessão, um tempo depois observei a porta abrindo e Maya entrou sorrindo para a gente.

— Não quero atrapalhar, só queria dar oi pra vocês — ela falou.

— Não atrapalha não, estamos quase acabando — Melissa disse.

Ela se inclinou pra me dar um selinho

— Oi amor — ela falou.

— Que beijo sem graça é esse — falei.

— To toda suada — ela falou — Estava correndo antes de vir pra casa, preciso tomar banho.

— Você tá uma delícia — falei e ela riu saindo do escritório.

— Maya é obcecada por você — Melissa comentou assim que ela saiu.

— Eu também sou louca por ela — falei.

— Sei que você não gosta de mim, mas quero dizer que não sinto nada pela Maya, tá? Nem por nenhuma mulher. — ela riu.

— Não é que eu desgoste de você, eu só estava insegura mas já passou.

— Pode ficar tranquila quanto a isso — ela falou.

Assim que acabou a sessão, ela desceu enquanto eu ia até o quarto ver o que a Maya estava fazendo. Ouvi barulho do chuveiro e segui até o banheiro vendo ela de olhos fechados terminando de tirar o shampoo do cabelo.

— Que visão incrível — falei observando ela

— Vem — ela me chamou com a ponta do dedo.

— Você sabe que não dá né? — suspirei frustrada.

— Você já foi mais criativa Carina, aposto que você consegue dar um jeito nos convidados em 05 minutos.

Aceitei o desafio e pegando o celular mandando uma mensagem pra Amélia.

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