• Polícia de Seatlle

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Maya

A última vez que eu tinha visto o Dixon havia sido no enterro do Emmet onde não trocamos nenhuma palavra, e ver ele agora ali parado na porta da minha casa era no mínimo estranho.

— Bishop — ele disse

— Dixon — falei

— Você quer entrar? Quer tomar algo? — Carina disse tentando quebrar a tensão

— Não, obrigada DeLuca vai ser rápido

— Pode falar — eu disse

— No seu próximo turno você pode voltar para o seu trabalho, e para o seu cargo, a estação vai se manter aberta.

— Como? — eu olhei pra ele confusa

— Finge que a conversa de ontem na sede não aconteceu

— Mas e a investigação? — perguntei sem querer acreditar

— A investigação agora é da polícia de Seatlle — ele falou sério

— Você já sabe né? — perguntei sobre o motorista

— Sim, e esse o único motivo que eu estou fazendo isso Bishop, não iria me envolver nisso se não fosse pelo meu filho

— Mas você devolveu o meu cargo — falei

— Isso também é pelo meu filho — ele respirou fundo — Agora eu vou indo

Ele se virou andando em direção ao carro quando eu o chamei

— Dixon — ele olho pra trás — A minha esposa está grávida, e o Emmet foi o doador

— Isso é sério? — ele me olhou

— Sim — falei — E o nome dela vai ser Martina, em homenagem a ele. Martin seria o nome que minha mãe o daria antes dele nascer

— É um nome bonito — ele disse sério

— Achei que você gostaria de saber

Ele assentiu e seguiu para o carro desconcertado. Fechei a porta me encostando nela e respirando fundo

— Será que eu tenho agora um pouquinho de atenção da capitã Bishop? — Carina disse sorrindo para mim

— O meu emprego — falei indo abraçar ela — O meu emprego de volta

— Você merece meu amor, você merece — ela disse e eu girei ela no lugar

— O que vocês estão comemorando sem mim? — Lucca disse parado no último degrau da escada

— Estamos comemorando a nossa família — eu peguei ele no colo — O quanto somos felizes

— Você parecia triste mamãe — ele colocou a mão no meu rosto

— Mas agora estamos todos felizes — Carina disse — Eu, você, a mamãe Maya e Martina

— Martina? — ele disse curioso — O nome dela vai ser Martina?

— Sim, você gostou??? — perguntei

— Eu amei! Martina é muito bonito

— Então se você amou, ela vai amar também — Carina sorriu beijando a bochecha dele.

Carina

Eu já estava acostumada a ser a última a acordar aqui em casa, e eu hoje senti o meu corpo despertar ouvindo a voz da Maya falando de um jeito fofo.

— Sim Scout, essa sua dinda é muito preguiçosa né? Nos dois já fizemos tantas coisas e ela nada de acordar, será que eu vou ter que colocar você deitado em cima dela pra batizar ela com um gorfo?

— Já estou acordada — falei me virando e sentando na cama

— Temos visita  — ela disse segurando a mãozinha dele e balançando — Oi dinda

Ciao mio bambino — disse pegando ele do colo dela — Você já está saindo assim de casa para fazer visitas?

Ele me olhava com os olhinhos azuis curiosos

— A nossa casa está cheia de médicos  — Maya falou — Mas pelo menos eles trouxeram comida, então eu deixei eles entrarem

— Segura ele pra eu me vestir pra gente descer — estendi o bebê pra ela

— Estou a 30 minutos tentando fazer ele dormir e ele simplesmente não fecha os olhos — ela reclamou — Quer ficar olhando pra tudo

— Filho da Amélia o que você esperava? — eu ri enquanto descia o vestido — Ligado no 220

— Olha essa mulher Scout, eu sou muita sortuda não é? — Maya falou me fazendo rir novamente

— Nós duas somos

Prendi o cabelo e desci com a Maya e o Scout para o andar debaixo, quando passamos pela sala observei alguém deitado no sofá com as almofadas cobrindo a cabeça.

— Amélia — Maya falou — Disse que é só pra acordar ela em caso de vida ou morte do scout, se for dos outros tem médicos demais pela casa

Eu dei risada e seguimos para o jardim onde nossos amigos estavam sentados na mesa externa montada com o café da manhã

— Dessa vez vocês surpreenderam viu — falei

— A gente estava com vontade de tomar um café da manhã de hotel, e ai lembramos das amigas ricas e poderíamos tomar aqui de graça — Sloan disse

— Eu vou cobrar — falei sentando no lugar disponível

Maya entregou o bebê pra Jo e seguiu até a piscina onde Lucca e Sofia brincavam

— Como estão as coisas? — Addie disse segurando a minha mão

— Hoje estão melhores — falei suspirando — Ela recebeu o cargo de volta, mas não acho que esteja 100% não

— O cara lá — Teddy falou — Acho que não passa de hoje

— Ele não acordou? — perguntei

— Coma induzido — ela falou

— Só queria que as coisas fossem tranquilas — falei

— Então você nem deveria ter vindo pra Seattle, nada é tranquilo na cidade do Grey Sloan — Callie falou e nós rimos

Safe Place II - Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora