• Marvel Alert

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Carina estava deitada no meu colo, imersa em seu celular, e eu prestava atenção ao noticiário na TV enquanto não dava a hora do nosso jantar. Olhei pro celular ela e notei que sua tela estava escura.

— Ué — falei — Você tá mexendo no celular com a tela apagada?

Ela riu, desviando o olhar do dispositivo para me encarar.

— Que loucura é essa?

— Não consigo ver o que você está mexendo — comentei, tentando entender.

— Ahhhh — ela explicou — Eu coloquei uma película de privacidade. Não dá pra quem está do lado ver.

— Quando você colocou isso?

— No aeroporto, quando você foi pegar nosso café — ela disse.

— Entendi — murmurei.

— Você sabe que pode ver meu celular quando quiser, né? Eu coloquei para as pessoas próximas; você até tem sua digital no meu celular — ela disse, enquanto eu acariciava suavemente seu rosto, e um sorriso carinhoso surgiu nos lábios dela.

— Eu sei meu amor — sorri.

Ela voltou sua atenção ao celular, mas um pulo repentino a fez abandonar momentaneamente a tela.

Ela voltou sua atenção ao celular, mas um pulo repentino a fez abandonar momentaneamente a tela

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Dio mio!! AMORE — ela gritou, transbordando euforia.

— Que susto! — falei — Aconteceu algo????

— Eu recebi um convite para fazer uma série da Marvel! — ela pulava na cama.

— A Marvel tipo, de super-herói???

— Sim!!!!

— Meu Deus, amor!!! Parabéns, meu amor — sussurrei, enquanto ela pulava sobre mim e nossos lábios se uniam em comemoração.

— Você nem imagina o quanto eu esperava por uma oportunidade dessas. Isso vai ser incrível para a minha carreira.

— Vai arrasar, você merece — afirmei, sentindo um orgulho genuíno por ela.

— A Lia disse que, confirmando, ela conseguia segurar um pouco as datas dos testes, para a gente aproveitar a nossa lua de mel, mas chegando em Seattle eu vou correndo pra lá.

— E agora já? — perguntei, ainda tentando processar a velocidade dos acontecimentos.

— Sim! — ela disse, radiante.

— Ahhh, achei que estava longe ainda.

— Ainda bem que não — ela disse rindo — Não ia aguentar de ansiedade.

— Vai ser incrível — falei, beijando-a com ternura.

Ela pegou o celular novamente para ligar para o Andrew e contar a novidade, enquanto eu deitei novamente na cama, contemplando um misto de sentimentos dentro de mim. Estava genuinamente feliz pela Carina, mas ao mesmo tempo, uma pontada de apreensão surgia. A ideia de ter ela longe, mesmo que por um motivo tão grandioso, despertava uma tristeza em mim.

Eu estava tão acostumada com a presença constante da Carina ao meu lado, que não parei pra pensar que um dia ela voltaria a viajar a trabalho. No entanto, eu sabia que precisava lidar com isso da melhor forma possível. Amar é também permitir que o outro alcance seus sonhos, mesmo que isso signifique algum tempo separados.

— To muito feliz — ela disse, sentando sobre mim na cama, uma perna de cada lado do meu corpo.

— Agora eu tô muito feliz também — falei, deixando minha mão repousar nas coxas dela.

— Amanhã eu vou malhar com você — ela disse, num tom decidido mudando de assunto.

— Você nem gosta de malhar — falei, apreciando o brilho nos olhos dela.

— Eu me descuidei nesses últimos meses, fui experimentar um short hoje e não me serviu — ela fez um biquinho, revelando uma vulnerabilidade que eu não via com frequência.

— E porque você tá muito gostosa — falei olhando pra todo o corpo dela.

— Eu tô falando sério, bella.

— Eu sei, meu amor, eu sei. Fazer exercícios é bom para todos nós, mas não ache que seu corpo precise de mudança nenhuma.

— Você nem iria falar se eu precisasse — ela fez um biquinho, revelando uma insegurança que eu queria dissipar.

— Tenho que ficar à sua altura — ela disse.

— Você é muito melhor que eu — falei, buscando mostrar que eu era apaixonada por cada detalhe dela.

— Claro que não — ela riu — Queria nascer com esses peitos e essa bunda.

— Eu treino desde criança, amor.

— Treinando pra ser uma grande gostosa — ela disse, brincando e se inclinou sobre mim e beijando o meio entre meus seios e eu suspirei sentindo a pulsação acelerada.

— Carina... — adverti.

— É só carinho — ela riu sem vergonha, mas a carícia era mais do que física; era emocional.

— Assim a gente vai perder o horário do jantar.

— Não vamos não — ela levantou rapidamente — Eu estou com fome, e hoje nós vamos só dormir, abraçadinhas. Apenas isso, que eu estou dolorida, e você vai manter esses dedos longe de mim.

— Não preciso de dedos — eu disse, segurando suavemente sua cintura.

— Boazinha? — ela disse, virando-se e levantando a barra do vestido, mostrando uma marca da minha mãe que eu deixei na sua bunda.

— Ficou linda — falei, beijando o local e deitando a minha cabeça.

— Vamos descer pra jantar agora, Maya Bishop.

— DeLuca Bishop — corrigi.

Safe Place II - Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora