• Encomenda pra você

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Maya

Martina se mexeu contra o meu peito e eu rapidamente despertei levantando da poltrona

— Você acabou de mamar, não pode ser fome não pode ser mesmo, sua mamãe precisa dormir, sabia? — sussurrei andando com ela pelo quarto.

Puxei o bercinho dela até mim colocando ela deitada enquanto abria devagar o seu macacão

— Essas roupas do hospital são esquisitas né? — voltei a sussurrar — Amanhã bem cedinho a tia Andy vai trazer as suas coisas, talvez a sua mãe fique brava comigo pelo tanto de coisa que eu comprei mas aí você chora e distrai a atenção tá bom?

Ela se mexeu bocejando e começando a abrir os olhos, me inclinei pra ver esse momento e logo ela me encarava guiada pelo som da minha voz.

— Você é perfeita, Martina, perfeita — sorri e fui abrindo a sua fralda — Isso não pode ser tão difícil né? Eu já treinei várias vezes — falei  — Graças a Deus é só xixi

Terminei de trocar a sua fralda e peguei ela no colo novamente, apoiando ela no meu peito sentindo seu cheirinho de bebê. Meus olhos estavam quase se fechando quando ouvi a voz da Carina.

— Já estou vendo que vamos ter que fazer cama compartilhada — ela falou sonolenta

— Não — eu ri — Ela vai dormir no bercinho dela

— E porque não coloca ela pra dormir agora? — ela perguntou rindo

— Aqui é diferente, estamos nesse hospital frio, não é no conforto da casinha dela

— Aí Maya — ela riu balançando a cabeça

— Maya — revirei os olhos

— Não é seu nome? — Ela continuou rindo

— Mas não gosto que você me chama assim, parece que estamos brigando

— Tá bom bella não vou mais te chamar pelo seu nome de batismo tá certo?

— Sim meu amor — sorri

Duas batidas na porta novamente, falei que poderia entrar era a Arizona.

— Tava passando, e ouvi a voz de vocês — ela disse — Não acredito que não estão aproveitando cada minuto de sono

— A gente já dormiu demais — Carina falou

— Só dei uma passadinha pra ver como vocês estavam, se precisam de algo — ela disse — Se a Bailey me ver aqui ela me mata

— Porque? — perguntei

— Porque ela proibiu todo mundo de vir aqui, falou que é uma maternidade, não um clube de festas pra gente ficar fazendo social

— Bailey sendo Bailey — Carina disse

— E pior — Arizona continuou — Ela está mais brava ainda porque disse que uma garota italiana ficou dando ordens pra ela de como lidar com a impressa no hospital como se ela nunca tivesse tido um paciente vip

— Lia — eu e Carina falamos juntas

— Então falem pra essa Lia que a Dra Bailey já odeia ela — Arizona falou

— Eu vou postar uma foto dela jaja, e acaba a curiosidade deles de ficarem em cima da gente — Carina falou

— Vai? — eu perguntei confusa, ela não tinha me dito

— Melhor a gente postar do que eles ficarem nos perseguindo obcecados pelo rosto dela bambina — ela falou

— Você tem razão — concordei.

Carina

Dois dias depois nós finalmente estávamos indo para casa, eu estava desesperada pela minha cama e pela casa e principalmente de saudades do meu Piccolo.

— Você não está cansada? — Maya perguntou quando me ajudou a entrar no carro — Se você quiser eu expulso todo mundo que tiver lá em casa

— To bem bella — sorri pra ela — Você sabe que eu amo ter nossos amigos em casa, e eles estão ajudando tanto

— A gente tem muita sorte — ela sorriu indo para o banco da frente

— Ela tá dormindo tão profundamente, que tá até com a boquinha aberta — passei o dedo devagar pelo rostinho da Martina

— Depois de acordar todos os bebês do hospital eu também estaria dormindo tranquila — Maya brincou

Questa mia bambina non ha un briciolo di pazienza — falei

Logo chegamos em casa, assim que o portão automático subiu Lucca veio correndo na minha direção me abraçando

— Mamãe — ele grudou em mim

— Ei Piccolo — abracei ele de volta — Que saudades, que saudades você cresceu tanto

Ele continuou agarrado em mim até que ouvi ele fungar

— Eu achei que a senhora nunca mais iria voltar — ele sussurrou

— Ei — levantei o queixo dele fazendo ele me olhar — Eu sou sua mãe, nunca vou te abandonar nunca mesmo!

— Promete? — ele estendeu o dedinho

— Prometo — juntei nossos dedos num acordo

— Ei cara, tenho uma encomenda pra você — Maya disse saindo do carro com a cadeirinha de maternidade na mão

Ela colocou no chão e Lucca se ajoelhou do lado olhando encantando para a irmã.

— Posso pegar na mãozinha dela? — ele perguntou olhando pra Maya — Eu lavei e passei álcool como o tio Andrew mandou

— Claro que pode amor — Maya sorriu

Ele segurou a mãozinha da Martina que logo apertou seu dedo enquanto ele sorria com os olhinhos brilhando

Martina, du bist zur richtigen Zeit angekommen, weißt du? Die Dinge hier waren schwierig, aber ich denke, Sie waren es, die wir brauchten, um unsere Familie zu vereinen. Ich freue mich sehr, dass du meine kleine Schwester bist. Ich werde dir beibringen, wie man Deutsch spricht, das ist unser Geheimnis. ich habe dich sehr lieb* — ele falou com ela em alemão e em seguida deu um beijinho no seu braço

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* Martina, você chegou na hora certa sabia? as coisas estavam difíceis aqui mas acho que você era o que faltava pra unir nossa família. Eu to muito feliz em você ser a minha irmã mais nova, eu vou te ensinar a falar em alemão pra ser o nosso segredo. Te amo muito

Safe Place II - Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora