• A gente pode pagar

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Acordei sentindo um espaço maior na cama, me espreguicei olhando para o lado sem encontrar a Maya, era óbvio que já estava acordada. Ela costumava dizer que dormir é perder tempo demais de vida, meu estômago roncou e isso significava que eu e a criaturinha que crescia aqui estávamos com fome.

Já eram 14h da tarde, é claro que eu estaria com fome, saí do quarto e já ouvi uma música baixa vindo do corredor, não reconheci a letra então seria uma dessas bandas alternativas que Maya costumava ouvir, capitão estava deitado em frente a um dos quartos mais próximos do nosso e balançou o rabinho assim que me viu

— Ei bambino, porque você tá tão quietinho? — falei me aproximando dele e acariciando sua cabeça — Quando tá comigo sozinho você fica todo agitado nessa casa

Olhei para dentro do quarto e sorri ao ver Maya muito concentrada com apenas uma camiseta longa da estação pintando as paredes  com uma cor linda.  Capitão deu um latido atraindo a atenção dela

— Ei mamãe — ela disse se aproximando de mim e me dando um selinho — Achei que ia dormir o dia todo

— Eu poderia — falei — Mas a fome me venceu, não sabia que você gostava dessa cor

— Nem sabia que existia — ela falou sorrindo — Mas notei que você salvou várias coisas dessa cor

— Você sempre me surpreende — falei

— Acho que esse é o quarto ideal pra ser da nossa filha — ela disse — Aí pintava totalmente dessa cor, e colocava um papel de parede claro no meio... Se você gostar, claro

— Eu amei, eu amei — falei indo beijar ela

Nos beijamos lentamente até um ronco no seu estômago nos interromper

— Acho que tenho que alimentar vocês — ela disse — Trouxe sopa do Travis da estação, você quer?

— Não quero sopa — fiz uma careta

— O que você quer comer? — ela perguntou

— Queria aquele frango do restaurante no centro que a gente foi uma vez

— Então vamos almoçar lá — ela disse sorrindo

— Vou tomar banho, você também? — perguntei

— Pode ir tomando — ela falou — Vou terminar de ajeitar as coisas aqui

Depois do almoço nós resolvemos passar numa loja de coisas de bebê para dar uma olhada, perdi a Maya de vista por 2 minutos e quando encontrei ela já estava com um carrinho cheio de coisas

— Maya??? Que isso? — perguntei

— Umas coisinhas que eu gostei — ela disse empolgada — Olha essa almofada aqui com bichinhos, eu li que é super indicada pra deixar os bebês de bruços depois que nascem, e esse aqui são uns brinquedinhos de madeira que eles vão encaixando dentro das formas pra estimular

— E porque tem dois? — perguntei rindo da animação dela

— Um é pra bebê e o outro pro Scout — ela falou

— Tá, mas a gente não precisa levar tudoooo isso — falei olhando pro carrinho — Vamos revisar e escolher o que é realmente importante

— Mas a gente pode pagar — ela falou me olhando sem entender

— Eu sei que podemos bambina  — falei — Mas a gente não precisa comprar as coisas desesperadamente, temos tempo pra ver com calma

— Tá bom — ela fez um biquinho e eu dei um selinho nela

— Você ainda vai ter longos 6 meses pra comprar várias coisinhas pra ela

— E saindo daqui temos que ir também numa loja de brinquedos — ela falou — Quero levar algo pro Lucca também, pra ele não se sentir excluído

— Vamos sim — sorri

— Quero te confessar uma coisa — ela disse com um sorriso amarelo

— O que? — perguntei

— Eu já comprei uma daquelas cadeirinhas elétricas  que balançam o bebê igual nós demos pro Scout pra ela

— Maya!!! Onde você comprou isso que eu não vi?

— Comprei na internet, ainda não chegou! Mas isso você tem que concordar comigo que é útil, a Amélia é ama

— Amélia não é parâmetro pra nada

— Amélia não é parâmetro pra nada

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