• Grande Drama

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Assim que o avião pousou em Los Angeles, recebi a notificação da mensagem da Gabriella.

"Sono qui, fiore."


Droga, eu tinha esquecido de avisar a Maya que ela estaria aqui. Respirei fundo enquanto ela se levantava, espreguiçando.

— Ei Bella — chamei sua atenção. — A Gabriella está aqui nos esperando. Eu esqueci de te avisar que ela viria, mas ela já estava aqui em Los Angeles e pediu pra vir. Seria interessante ela nos ajudar com as crianças, você sabe.


— Ela é sua amiga, amor. Se você quer a presença dela aqui, tudo bem pra mim — ela disse com um sorriso fraco, e eu sabia que não estaria tão bem assim.


— Eu vou colocar a Martina no carro com ela enquanto saímos pela saída principal e atendemos os fãs. Acho que ela vai se assustar com esse tanto de gente — falei.


— Ela não conhece a Gabriella, vai chorar — ela falou, me olhando.


— Ela vai chorar de qualquer jeito, bambina. A Gabriella pode lidar com alguns minutos de choro — falei, e ela assentiu enquanto pegava Martina.


— Vamos logo, está muito sol. Eu quero ir na piscina. Nós vamos poder ir, mamãe? — Lucca perguntou me olhando.


— E essa ansiedade como se não tivéssemos uma piscina no quintal, e uma praia a poucos passos — falei, e ele riu.


— A piscina lá de casa não tem um tobogã igual a do hotel — ele disse.


— Bom, ele tem um ponto — Maya falou.


Saímos da aeronave, e eu peguei Martina do colo da Maya, levando-a em direção ao carro onde Gabriella estava. O motorista abriu a porta pra mim, e ela sorriu.


— Depois eu falo com você. Agora, eu quero ver a minha piccola — ela pegou Martina dos meus braços, que obviamente começou a chorar.


— Tenta distrair ela  — falei. — Provavelmente não vai funcionar, mas não deixa ela de fora da cadeirinha.


— Pode ir tranquila, fiore. A Martina vai ter uns bons minutos com a madrinha dela — ela sorriu para minha filha, que chorou ainda mais.


Fechei a porta do carro e segui em direção a Maya e Lucca. Maya estava olhando para o carro.


— Eu ouvi ela chorar daqui — ela falou.


— A Martina sempre chora, Maya. Ela vai superar — dei um beijo na bochecha dela.


Assim que terminamos de cumprimentar os fãs, tirar fotos e distribuir alguns autógrafos, nos dirigimos aos carros. Maya, Lucca e eu caminhávamos juntos.

— Maya, você vai no carro com o Lucca. Eu vou com a Martina e a Gabriella — decidi, olhando para ela.


Maya concordou, embora eu pudesse perceber uma certa contrariedade em seu olhar. Entramos nos carros separados, e assim que me acomodei peguei Martina  que ainda chorava da cadeirinha.


— Vamos lá, querida, hora de acalmar — murmurei, colocando ela para mamar.

Gabriella, ao meu lado, observava com uma expressão preocupada.


— Tentei de tudo, mas ela não parou de chorar. Deve ter puxado a Maya, e me odiar — comentou, tentando encontrar uma explicação.


— Não, ela é apenas uma chorona, mas eu a amo do mesmo jeito — respondi, sorrindo para a pequena Martina.


— Ah, não julgo é cada coisa que ela tem que lidar não é mesmo? — Gabriella brincou.


— Gabri, por favor, evite provocar a Maya durante o final de semana, especialmente sobre o tempo que eu passei na Itália. Ela está sensível com esse assunto — pedi, em um tom sério.

— Tudo bem, eu vou me controlar. Só quero que saiba que estou aqui para ajudar, Carina — ela respondeu.

— Mas você adora soltar piadinhas né — falei.

— Não tenho culpa que a Maya não tem o espírito esportivo para brincadeiras, mas vou me conter — ela assegurou.


Chegamos ao hotel e o segurança nos informou que Maya já tinha chegado e subido. Subi com Martina para o quarto e assim que entrei, vi Maya lá.

— Bella, por que não esperou por mim lá embaixo? — perguntei, um tanto confusa.


— Lucca precisava fazer xixi, então subimos logo. Espero que não se importe — ela explicou, pegando Martina do meu colo.


— Tudo bem, não é um grande problema — assenti.


Maya olhou para Martina e notou o rosto vermelho da pequena.


— Olha só, ela está com o rosto todo vermelho de tanto chorar — comentou, preocupada.Revirei os olhos, irritada com o comentário.


— Ah, sim, porque é tão incomum assim? — ironizei. — Afinal, ela é uma bebê, Maya.


— Não é comum deixar ela com estranhos sem necessidade — Maya retrucou.


— Você está fazendo um grande drama, Maya. E é só por causa da Gabriella — argumentei, tentando manter a calma.


— Eu tenho meus motivos para não gostar dela — Maya disse, com firmeza.


— Gostando ou não, ela vai seguir na vida dela. E você deveria aceitar isso, assim como eu aceitei a Melissa — respondi, tentando acalmar a situação.


— É bem diferente, Carina — Maya insistiu, mas percebi que ela não queria discutir mais sobre aquilo. — Mas não vamos estragar o dia de gravação por causa disso.


Suspirei, aliviada por não prolongar a discussão. Afinal,eu tinha um dia cheio de gravações pela frente e não queria começá-lo com conflitos.

Safe Place II - Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora