Safe Place II - Marina

• It's a...

O caminho pra casa foi o mais feliz do mundo, Maya e Lucca cantavam a todo pulmão uma canção de um desenho animado, e eu sorria com eles me provocando por não saber. Assim que chegamos em casa, segurei a mão de Maya.

— Vamos contar pra ele agora — sussurrei.

— Vamos — ela falou sorrindo.

— Piccolo, vem cá — chamei ele enquanto sentávamos no sofá.

— Lucca, temos algo especial para compartilhar contigo. — Maya começou a falar.

— Sim, algo que vai mudar um pouco as coisas por aqui — falei, segurando as mãos dele.

— O que é, mamãe? — ele disse me olhando.

— Bem, querido — Maya me olhou, pensando como falar — Descobrimos que...

— Que a mamãe Carina está grávida? — ele falou, interrompendo Maya.

— Como você soube? — nós duas perguntamos ao mesmo tempo, surpresas.

— Eu ouvi vocês conversando uma noite, mas guardei segredo para não estragar a surpresa — ele disse sorrindo.

— Ah, você é o melhor guardião de segredos do mundo — eu ri, apertando suas bochechas.

— Então, já que você sabe, o que acha de ter um irmãozinho ou irmãzinha? — Maya perguntou.

— É incrível! Eu vou ser o melhor irmão mais velho de todos! — ele disse empolgado. Como eu amava esse garoto.

— Acho que não conseguimos manter esse segredo muito bem, não é? — eu brinquei.

— Não importa. Eu amo vocês, e mal posso esperar para ser o irmão mais legal do mundo! — ele disse animado, dançando.

— Você vai ser mesmo — Maya abraçou ele — E vai ser sempre o nosso primogênito.

— Os titios já sabem? — ele perguntou.

— Não — falei — Queríamos contar pra você primeiro.

— A gente pode chamar eles aqui pra contar hoje né? — Maya disse me olhando — E aproveitar pra comemorar a audiência.

— Eu acho ótimo — falei.

Eu e a Maya pedimos comidinhas e bebidas pelo celular e arrumamos o jardim para receber os nossos amigos.

— Vem cá — ela me puxou pra me sentar no colo dele.

— Oi, bella.

— Eu te amo tanto — ela disse segurando meu rosto.

— Eu também te amo, meu amor — falei.

— Eu amo você também, sapinho — ela disse com a mão na minha barriga — Espero que desde já você esteja aprendendo quem manda aqui nessa casa.

— E quem manda? — eu levantei uma sobrancelha pra ela.

— Você é claro — ela falou — A gente só obedece.

— É bom mesmo saber — falei beijando ela.

A campainha tocou um pouco antes das 18h, e Lucca foi correndo atender.

— Cara, por que vocês moram tão longe assim? — Travis entrou reclamando.

— Porque a gente pode pagar — Maya provocou ele.

— Não é tão longe assim — falei.

Aos poucos, todos foram chegando, e era uma competição de quem falava mais que o outro quando Maya me puxou pelo braço até uma mesa de apoio que tínhamos lá e levantou o Lucca nos braços, colocando ele sobre a mesa.