• Como os bebês são feitos

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A brisa marinha acariciava a areia enquanto eu e Lucca nos divertíamos construindo um castelo. Carina e Vic, relaxando nas cadeiras próximas, observavam, enquanto os garotos estavam o mar. Fazia um calor absurdo nesse país, mas eu estava amando e não queria que esse momento terminasse.

— Mamãe — Lucca chamou minha atenção.

— Oi, meu amor.

— Como que faz um bebê? — ele perguntou, um sorriso curioso nos lábios.

— Como assim, como faz um bebê? — respondi, um tanto desconcertada, não estava preparada para essa pergunta naquele momento.

— É como ele vai pra barriga das mamães — ele explicou com naturalidade.

— Você sabia que a mamãe Carina estudou pra trazer bebês ao mundo? Vamos lá perguntar pra ela? — sugeri, tentando desviar um pouco da questão.

— Vamos — ele se levantou correndo na minha frente, e eu o segui.

— Mamãe Carina — ele chamou — Eu perguntei pra mamãe Maya, mas ela mandou eu perguntar pra você como fazem os bebês.

— Claro que ela mandou — Carina me olhou e revirou os olhos.

— Me explica — ele disse, ansioso.

— Bom — ela começou — É um processo especial que acontece quando os pais decidem que querem trazer uma nova vida ao mundo.

— Isso eu sei, mamãe — Lucca revirou os olhos impaciente — Eu quero saber como ele vai pra barriga da mamãe.

Oh Dio — Carina respirou fundo.

— Vou ter uma aula de biologia aqui? — Vic disse rindo.

— Vamos lá, Lucca, quer saber a verdade ou prefere uma versão mágica? — perguntei.

— Mágica? Como assim? — ele perguntou curioso.

— Algumas pessoas acreditam que os bebês são entregues por cegonhas especiais. Elas voam e trazem os bebês para as famílias que os desejam — falei, sorrindo para ele.

— Sério? — ele perguntou surpreso.

— Não, Lucca — Carina riu — A mamãe Maya está brincando com você. Os bebês são feitos quando uma célula pequenina chamada espermatozoide, que vem do pai, se encontra com outra célula pequenina chamada óvulo, que vem da mãe. Esse encontro cria uma nova célula, e é assim que um bebê começa a se formar.

— Entendi — ele falou, atento — Mas como vocês duas vão ter um bebê sem pai?

Eu olhei rindo para Carina, que suspirou e voltou a falar.

— Bem, para algumas famílias, como a nossa, que tem duas mamães, às vezes, é necessário um pouquinho de ajuda médica. Eles pegam o espermatozoide doado por um homem e o colocam junto ao óvulo da mamãe. Então, a mágica da vida começa.

— Então é tipo uma mistura mágica, mas com a ajuda dos médicos.

— Exatamente, piccolo. Cada família tem sua própria maneira especial de trazer um bebê para o mundo.

— Uau — Vic disse — Amei a aula. Eu até os 12 anos acreditava em cegonha.

— Porque você é burra, né, Victoria — eu falei, e Carina balançou a cabeça.

— Vai à merda, Bishop — ela respondeu.

— Lucca, não pode chamar as pessoas de burro, ok? — eu falei, olhando para ele.

— Já sei, já sei — ele riu.

— Qual o motivo das risadas? — Andrew perguntou enquanto se aproximava de nós.

— Lucca estava perguntando às mamães como se faz bebês.— Vic explicou.

— Eu pagaria pra ouvir isso. — Emmet soltou uma risada.

— Mamãe Carina é ótima explicando.— Lucca comentou inocentemente. — Acho que ela explica de graça pra vocês.

Nós gargalhamos com a resposta do pequeno.

— Você é fofo demais, não tem condições. — Carina disse, agarrando ele num abraço.

— Eu quero um sorvete. — Lucca pediu.

— Os tios vão comprar pra você enquanto a gente vai na água, tá bom? — Eu falei, puxando Carina pela mão.

— EI. — Travis gritou, enquanto a gente se afastava. — Não esqueçam que a areia arde, ok?

— Se você fosse gente, quem você seria, Montgomery? — Carina gritou de volta rindo.

Segurei a mão dela enquanto caminhávamos pela areia, observando o vento balançar seus cabelos, um sorriso espontâneo surgindo em meu rosto

— Você combina muito com praia. — Comentei, deixando escapar meu pensamento.

— Eu amo praia. — Ela sorriu. — Minha meta da vida é ter uma casa de férias pé na areia.

— Não é tão difícil assim pra você ter. — Eu ri, lembrando de quanto dinheiro ela tinha.

— Eu sei. — Ela riu. — Mas esses sonhos meus eu sempre quis realizar em conjunto.

— Agora você vai realizar todos. — Afirmei, segurando delicadamente seu rosto e depositando um selinho leve.

Duas garotas nos abordaram, pedindo fotos. Nos deixamos levar pelo entusiasmo delas, conscientes do carinho dos fãs brasileiros.

Depois que elas se afastaram, Carina observou os surfistas ao longe.

— Quando eu era adolescente, eu tinha maior vontade de aprender a surfar.— Ela riu se lembrando.

— Surfar é fácil. — falei.

— Impossível que você saiba surfar. — Ela riu.

— Você está falando com uma atleta. — Respondi com orgulho.

— Por que nunca me disse isso?"— Ela perguntou, surpresa.

— Você nunca perguntou.— Dei os ombros. entrosamento.

— Quero te ver surfar.— Ela disse empolgada.

— Posso te mostrar depois. — Falei, nossos pés sendo tocados pela água fria. — Agora só quero te beijar dentro dessa água quentinha.

— Nada de quentinha. — Ela rebateu, seu corpo reagindo à temperatura.

— Esquenta rápido, só entrar de uma vez — disse antes de pegar ela no colo correndo para dentro do mar.

— MAYA DELUCA BISHOP!!! — Ela gritava, agarrando meu pescoço enquanto eu ria, nosso momento de diversão ecoando na praia.

Safe Place II - Marina Onde histórias criam vida. Descubra agora