Capítulo 5

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.......

Seus olhos encaravam Satoru olhando para o outro lado da janela do carro enquanto iam para a missão, era nítido que havia algo de errado, principalmente pelo o seu silêncio. A preocupação de sua frieza fazia um peso em seus ombros, você suspira e o percebe a olhar de canto, então o seu olhar desvia para a janela enquanto apoiava o seu rosto no vidro. Pelo o reflexo foi possível ver que ele a encarou por alguns minutos. Aquele silêncio estava a irritando.

O assistente os deixa em um local próximo da missão, vocês ainda caminham em silêncio até chegar no local.
O prédio estava visivelmente abandonado, pela a aparência você dava pelo menos 10 anos em que ele não deveria ser utilizado. Como sempre, era um ponto em que crianças e adolescentes buscavam se aventurar em apostas e brincadeiras e acabavam desaparecidas.
 Haviam duas crianças desaparecidas no local, pelo menos era o que haviam passado no tablet, você suspirou ao lembrar delas, haviam duas possibilidades: as resgatar ou recuperar os seus corpos. Além do verdadeiro objetivo que era encontrar o objeto amaldiçoado.

Um estranho arrepio pela a sua espinha a faz balançar a cabeça enquanto baixava a cortina, você ficou visivelmente desconfortável. Aquele lugar estava lhe causando arrepios e Satoru a encarou um pouco confuso.

—Estou com um pressentimento ruim — Você respira fundo, Satoru pareceu a ignorar o seu comentário enquanto seguia seus passos em direção a entrada do prédio, você já estava ficando irritada por ele estar em silêncio e a ignorando.

Você o segue poucos passos atrás, parando aos poucos quando o percebe abrir a porta, afastando todas as faixas de proteção, ele finalmente a encara.

—Primeiro as damas — Satoru segura a porta e chuta um lixo que estava no caminho, ele parecia ter um sorriso forçado

Uma respiração mais pesada sai do seu peito enquanto entrava no local. Aquele frio na espinha não havia passado, seus ombros pesavam como um todo. Aquela sensação fez com que ficasse mais atenta. 
Era estranho nenhuma maldição ter aparecido, o mais estranho era sentir de forma tão nítida a presença do objeto, parecia que ele a chamava.

—Você verifica esse andar enquanto subo as escadas — Você fala de forma suave com Satoru e ele apenas concorda com a cabeça, aquele silêncio a estava irritando. Seus olhos o encaram por um momento em esperança de que ele a olhasse. 

Um suspiro sai novamente enquanto sobe as escadas, havia algo errado naquele local e seu corpo agora estava pesando como um todo. Você sentia como se algo a atraísse ao mesmo tempo que a sua intuição queria fazer com que recuasse.

Cada degrau parecia pesado, a sua cabeça começa a doer enquanto uma voz aparece em sua mente. Ele a chamava pelo o nome e era a mesma dos seus sonhos, o que faz com que suba rapidamente e chegue em um corredor.
Seus olhos encontram o objeto, era uma corneta e então seus passos são lentos até onde ele estavam, você sentia como um imã e assim que o toca as suas mãos queimam e começa um incessante som agudo que pareciam lâminas em sua cabeça, a fazendo soltar o objeto e levar as mãos em seus ouvidos.  Seus joelhos se dobram até você estar no chão pela a dor que sentia, enquanto estava deitada foi possível ver duas mochilas e pacotes de comidas no chão. 
Você tenta levantar e consegue ver as duas crianças desaparecidas do outro lado do corredor, elas estavam abraçadas e pareciam tremer de medo. 

Saki...

O agudo pareceu aumentar e então você sente uma presença esmagadora próxima a você, seus dentes rangem quando tenta levantar para tentar proteger pelo menos aquelas crianças. 
A maldição estava em sua frente, ela a segura pelo o pescoço e a joga com toda força contra a parede, em seguida ele a joga em direção a elas.
Aquele som parecia fazer com que você perdesse a força com os seus próprios movimentos, seu corpo parecia não querer obedecer. Seus ouvidos começam a sangrar e você percebe o seu olhar escurecer.

-Droga...não posso desmaiar agora. Ele vai mata-las-

Antes dos seus olhos fecharem, você consegue ver Satoru logo atrás da maldição, ele a olha enquanto exorcizava aquele espírito de nível especial.

—Saki! — Ele se aproxima enquanto a imagem dele ia sumindo aos poucos

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Seu sonho pareceu diferente dessa vez, você estava nos campos que haviam em frente a sua casa, só que ao invés de ver a sua casa, era o Templo de Kurama. A Raposa que ficava em sua frente que era dourada estava vermelha, parecia que havia uma voz que a chamava em direção a ela.  
Passava a sensação de que você deveria liberta-la e assim teria paz. Seus passos eram lentos até o templo. O cenário muda de forma tão brusca que você pareceu se afogar, havia uma guerra com vários feiticeiros, eles queriam destruir a herdeira da Raposa. Parecia um cenário antigo, uma guerra passada.

Seus olhos abrem de forma repentina e tem a imagem de Shoko trocando o seu soro, você tinha novamente um pano gelado em sua testa. Era notável a sua confusão de como tinha parado ali.

—Você está acordando — Ela acaricia o seu cabelo e sorri

Foi possível ver Suguru apoiado na porta da enfermaria enquanto Satoru encarava a janela, assim que ele escutou Shoko, ele a encarou de canto. 

—O que aconteceu? — Você tenta levantar e Shoko a segura pelos os ombros, a obrigando deitar novamente

—Não senhora, fique deitada —Ela fala em um tom preocupado e como se ditasse uma ordem

—Eu estou bem —Você insiste e percebe tudo girar, quase desmaiando novamente

Suguru corre em sua direção e segura a sua mão, ele parecia a olhar preocupado. Você o olha e depois para Satoru, ele tinha avançado alguns passos e seus olhos encaravam as mãos de Suguru com as suas. Ele parecia paralisado.

—Saia de cima dela — Shoko afasta Suguru com um tapa, ela se aproxima de você e coloca a mão na testa —Eu falei para ficar quieta

—Desculpa, eu não devia ter te deixado sozinha —A voz de Satoru era baixa, ele a olhava mesmo que parecesse preocupado. Seus olhos pareciam a analisar como um todo

—Quantos dias se passaram? — Você tenta levantar novamente e dessa vez consegue ficar sentada na beira da maca.

—Dois dias...—Satoru responde em poucos segundos, ele e Suguru se encaram por um leve instante

—Satoru não saiu do quarto em nenhum momento — Você percebe o rosto dele corar e praticamente fuzilar Shoko com os olhos— Ele...

—Saki...eu falei para ter cuidado. Era uma missão perigosa —Suguru interrompe Shoko e segura em sua mão novamente, ele sorria em sua direção. Satoru revira os olhos.

Era muita informação para quem tinha acabado de acordar, você balança a cabeça em confusão. Você coça a cabeça e respira fundo.

—Eu posso ir para o quarto? — Seu olhar encontra com a de Shoko — Prometo descansar, só quero ficar aqui...prometo que vou me comportar — Você sorri e mostra o mindinho em promessa

—Pode se você ficar apenas no quarto —Ela segura o seu mindinho de volta — Se eu a vir por ai, te interno novamente— Você sente um tom ameaçador saindo da voz dela, mesmo que fosse brincadeira você sabia que também era real.

—Obrigada gente, vou devagar e ficar apenas no meu quarto — Você sorri para Shoko e Suguru, Satoru ainda a encarava e do mesmo jeito parecia distante enquanto a via levantar e sair da enfermaria

...

Do you think in love? [Satoru Gojo]Onde histórias criam vida. Descubra agora