Do you think in love? [Satoru Gojo]

Capítulo 16

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......

Aquela cela fria e úmida deixavam a sua pele gelada como um todo, o seu corpo já havia se acostumado com aquele chão duro. As suas costas estavam encostadas no canto da parede quanto você encarava uma pequena rachadura que você teria feito com o próprio corpo, pelo menos agora você tinha noção quando era dia, como naquele momento.
A solidão parecia a destruir a cada dia, o seu coração parecia tão gelado que você duvidava as vezes de que ali havia algum batimento. A única certeza era que a sua alma permanecia ali.

Dois anos haviam se passado, as lembranças de Satoru pareciam mais rasas a cada dia, o perfume dele, o toque de sua pele, seus lábios aquelas lembranças não eram recentes mas pareciam que eram as únicas que faziam com que não se jogasse dentro de um grande abismo. Pensar nas pessoas que amava fazia com que seu coração ficasse minimamente morno, a faziam pensar que não era apenas uma arma.

Você escuta as grades da sela de abrirem, os discípulos a visitavam pelo menos três vezes ao dia para a alimentar e as vezes a provocavam, principalmente depois que Suguru aumentou o selamento por alguns saírem machucados.

—Até que ela é bonita, ruiva e olhos verdes — Ele segura o seu rosto

—Não me toque, seu imundo — Você fala entre os dentes e cospe em sua cara, um soco atinge a boca do seu estômago, você perde o fôlego por um instante

—Quem mandou você latir? — Ele se afasta com algumas risadas de quem o acompanhava, jogando o que parecia ser a comida do dia no chão.

Suas mãos mexiam diariamente naquelas algemas, elas impediam que a sua energia funcionasse em conjunto com o selamento daquela cela, só que com uma tentativa diária de manipulação de energia fazia com que ficasse fraca. Se você se livrasse delas, aquela cela seria o seu único obstáculo.
Todos os dias você tentava fugir, mesmo que aquilo deixasse marcas pelo o seu corpo.

Você havia adormecido, por um acaso havia sonhado com aquele seu lugar preferido na Escola, aquela sombra por um instante havia lhe trazido paz enquanto você se aproximava. 

A sua boca fica levemente úmida, havia algo segurando o seu rosto e então seus olhos abrem devagar. Suguru segurava um copo de água e ele molhava os seus lábios que estavam feridos pela desidratação, você estava se recusando a se alimentar ou beber água.

—Bela adormecida, vamos dar uma volta — Ele solta o seu rosto com brutalidade enquanto sorri, você sente o estomago revirar

-Levante e me siga-

O seu corpo o seguia no automático, você parecia já aceitar aquela condição. Havia uma maldição de Suguru os esperando, ele levava alguns discípulos e as duas meninas com ele. 
Vocês estavam voando, havia um tempo em que o sol não batia em sua pele, o seu corpo parecia se aquecer novamente. 

Havia algo passando pela a sua espinha, a sua intuição parecia gritar para onde estavam indo. Aquelas árvores, aquela floresta, vocês estavam em Tokyo e em direção a Escola. Você sente o seu corpo querer a voltar a te responder, Suguru a olha e ordena para que dormisse.

-Acorde, Saki-

A sua visão estava levemente embaçada, até perceber que estava na entrada da Escola, você parecia estar no chão e não tinha mais algemas em seus pulsos. Seus olhos encontram com os de Satoru, você percebe que todos estavam ali e a olhavam apreensivos, principalmente por Suguru ainda poder a controlar. O seu coração pareceu acelerar mesmo que não conseguisse mexer um músculo, a sua energia parecia percorrer normalmente.

—Satoru, quanto tempo! — Suguru sorri — Trago boas notícias — Ele a puxa pelo o cabelo para ficar de pé, você percebe Satoru ranger os dentes — Ela finalmente poderá voltar para vocês, não tenho mais interesse.