"Quando a saudade apertar se lembre
Que eu tô nessa vida pensando na gente
Tipo a fênix, eu vou ressurgir das cinzas
E voltar pra te buscar, minha menina"
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LUANA MEDEIROS
-E aí, como foi? Me contem tudo.- Carol diz se sentando na cama comigo e com a Bia.
Acabei de chegar em casa, Raphael me trouxe aqui antes de ir pro treino.
Treino em pleno domingo, coitado do meu gatinho.
-Conta você do Piquerez primeiro.- falo pra Bia.
-Gente, que homem gostoso.- ela diz.
-Eu dei um chá lindo, ele me chamou pra ir pra casa dele hoje de novo.- ela diz e a gente comemora.
-E você?- Bia me pergunta.
-Gente, eu tomei um chá desgraçado, não sei o que aconteceu.- me deito na cama e elas gargalham.
-Do jeito que você deixou ele lá no show, eu sabia que cê tava encrencada.- Bia ri.
-Meu Deus de que jeito ela deixou ele?- Carol olhou pra Bia.
-Eles saíram pra se comer e ele ficou de pau duro.- Bia gargalha.
-Luana do céu, o que que cê fez? Você tava num lugar público, sabe disso, né?- ela diz.
-Cara, o pior é que foi só beijo, quando eu percebi o que tava rolando, eu parei o beijo e a gente voltou.- digo.
-Me ensina a beijar assim.- Bia brinca e eu gargalho.
-Olha só, tentem não levar isso muito a sério, mas eu preciso falar uma coisa.- digo e elas duas me olham.
-Desembucha.- Carol diz.
-Acho que tô apaixonada.- digo.
-Tipo, ontem depois de transar, a gente foi pra varanda e ficou conversando.- começo a explicar.
-E a gente conversou muito sobre muitas coisas, ele falou sobre a família dele, eu falei sobre a minha, conversamos sobre a vida, sobre tudo, e ele é perfeito.- digo.
-Juntando isso com o fato de que ele é bom de cama e me trata que nem uma princesa... as chances de eu estar apaixonada são bem grandes.- digo.
-Ele realmente te trata muito bem.- Carol diz.
-Você tinha que ver os dois ontem cantando abraçadinhos.- Bia fala pra Carol.
-Gente, mas sei lá, tá muito cedo, a gente se conhecer a um mês.- digo.
-Mas ao mesmo tempo eu me sinto muito bem com ele, não sei o que fazer.- choramingo.
-Luana, você tem uma tatuagem escrito "intensa". Se joga nessa.- Carol diz.
-Ele te trata muito bem mesmo. Vale a pena tentar.- ela conclui.
-E eu acho que ele tá sentindo o mesmo que você. O Piquerez disse que ele até sorriu pro celular enquanto falava com você.- Bia diz.
-Sei lá, eu vou deixar ele dar mais esse passo.- digo.
[...]
-Que milagre, chegou em casa antes de amanhecer.- minha mãe brinca quando eu entro em casa e me sento no sofá com eles.
-Vou embora hoje de madrugada, queria passar um tempinho com vocês.- dou um sorriso.
-Tava aonde?- meu pai pergunta quando eu me deito no ombro dele.
-Jantando com o Raphael.- admito e Carol me olha surpresa.
-Quem é Raphael?- meu pai pergunta fazendo carinho em mim.
-Um amigo.- respondo.
-Por acaso é o namorado pra quem eu mandei um abraço semana passada?- ele ri.
-É.- dou risada.
-Eu tenho um genro?- minha mãe pergunta surpresa.
-Não, também não pirem.- dou risada.
-E cadê a Bia?- minha mãe pergunta.
-Tá na casa de um amigo nosso.- dou risada.
-Vem cá, a palavra "amigo" mudou de significado?- meu pai diz indignado e nós gargalhamos.
-No contexto dessa conversa, com certeza sim.- minha mãe diz fazendo todo mundo rir.
-E você? Quando vamos conhecer seu namorado?- meu pai pressiona a Carol de novo.
-Na hora certa, pai. Relaxa.- ela diz rindo.
Nós passamos um tempo conversando e depois assistimos um filminho em família.
Não troco esses momentos com eles por nada.
Quando o filme acabou, avisei pra Beatriz vir pra casa, já estava na hora de arrumarmos tudo pra ir pro aeroporto.
