"Quando a saudade apertar se lembre
Que eu tô nessa vida pensando na gente
Tipo a fênix, eu vou ressurgir das cinzas
E voltar pra te buscar, minha menina"
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LUANA MEDEIROS
Eu já cheguei a imaginar que um dia esse dia chegaria, o dia em que o nosso amor definitivamente não seria mais a solução.
E mesmo já tendo imaginado, não imaginei que ia doer tanto.
Já tem duas semanas desde a conversa que a gente teve e eu só consigo pensar nisso.
Nossa, eu acho que eu nunca chorei tanto como naquele dia, juro, as lágrimas desciam compulsivamente, foi loucura.
É uma sensação muito estranha.
Tem aquela música, né?
O que o amor vira quando chega o fim?
E eu acho que continua sendo amor. Sempre vai ser amor.
Quando a gente AMA alguém de verdade, a gente nunca deixa de amar.
A diferença é que vem muita dor.
A dor de saber que não deu certo. E não tem nada que a gente possa fazer além de aceitar.
Mas na maioria das vezes aceitar é a parte mais difícil.
Eu basicamente só tenho trabalhado, vou de casa pro trabalho e do trabalho pra casa.
E hoje, finalmente sextou.
Vou tomar um banho premium e ficar em casa bebendo vinho e ouvindo música.
Estavam tentando me convencer a ir pra uma festinha privada que vai ter, mas eu prefiro ficar quietinha em casa, pelo menos por enquanto.
Fora que a paz reinou entre eu e Gabriel, né. Não estamos juntos mas não estamos brigando, mas eu honestamente não tô pronta pra ver ele com outra, então é melhor evitar esses conflitos.
-Tem certeza que você não vai?- Bia aparece pronta na sala.
-Absoluta.- digo deitada no sofá.
-Um mês já, Luana, reage.- ela diz.
-Tô reagindo já, ué. Só não tô afim de ir pra essa festa.- digo.
