Meta de 250 comentários.LUANA MEDEIROS
-Gabriel, que ideia de mongol, cara.- digo fazendo aquela bendita trilha.
-Tu tá muito fraca, cara, a gente tá andando não tem nem 5 minutos.- ele diz.
-É só subida, porra.- digo ofegante.
-Não dá pra passar disso aqui, você sabe, né?- digo quando chegamos em uma parte muito inclinada.
-Claro, que dá, a gente já tá chegando no topo.- ele diz.
-Taquipariu.- digo chutando um galho.
-Eu vou morrer e a culpa vai ser sua.- reclamo.
-Reclamona pra caralho, que que isso.- ele reclama.
-Falou o que tá reclamando nesse exato momento.- reviro os olhos.
Eu juro que pensei em desistir de viver no mínimo umas 15 vezes.
-Chegamos.- ele diz.
-Que merda, ein.- digo.
-Ah, cala a boca.- ele diz.
Me sentei no chão e fiquei olhando a paisagem.
A gente tá no topo de um morro, eu não sei como eu consegui subir isso tudo.
Ele se sentou do meu lado e nós ficamos em silêncio.
-Você tá bem?- ele pergunta depois de um tempo, quebrando o silêncio.
-Tô, ué.- dou um sorriso sem graça.
-Fala a verdade, Luana.- ele me olha.
-Ué, eu tô falando.- digo.
-Eu sei que você não tá bem. Não caio nesse seu papinho de não querer falar sobre o assunto.- ele diz.
-Você gosta à beça de falar.- ele provoca e nós dois rimos.
-O silêncio sempre foi o seu grito mais alto, Luana.- ele fala e eu suspiro.
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Maktub.- Gabriel Barbosa
Hayran Kurgu"Quando a saudade apertar se lembre Que eu tô nessa vida pensando na gente Tipo a fênix, eu vou ressurgir das cinzas E voltar pra te buscar, minha menina"