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Meta de 350 comentários!!!

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GABRIEL BARBOSA

A Luana tá no sono mais profundo que eu já vi na minha vida e eu tô conversando com o pai dela sobre a gente.

Eu deveria? Provavelmente não. É pai dela, né?


-Eu não entendo porque vocês dois complicam tanto as coisas.- ele reclama.


-Não é que a gente complica... as coisas são naturalmente complicadas pra gente.- digo.


-A morte é naturalmente complicada. Não existe jeito pra morte. Mas pro resto, existe sim. É só vocês decidirem se querem ou não lutar por isso.- ele fala.


-E se ela não quiser mais lutar? Ela já passou por cima de muita coisa por nós dois. Acho que ela realmente não quer mais.- digo.


-O jogo só acaba quando o juiz apita, campeão. Posso te garantir que a bola ainda tá rolando.- ele me olha.


-Porque vocês brigaram de novo?- ele pergunta.


Melhor você não saber.


-Ééé... Eu não sei como te dizer isso sem soar... desrespeitoso.- fico nervoso.


-Como assim?- ele não entende.


-Ééé, nós dois estávamos no carro e aí eu acabei falando um a coisa que... eu falei que amava ela.- conto.


-E qual o problema? Ela não disse que de volta?- ele estranha.


-Não, não disse. Mas... acho que eu também não dei espaço pra ela dizer nada... Mandei ela descer do carro... fui muito babaca.- digo.


-E porque você mandou ela descer? Porque você falou que amava ela e não quis nem saber se ela ainda sentia o mesmo.- ele não entende.


-Porque a gente tava... ah, você sabe.- olho pra ele.


-Não sei.- ele diz sincero.


-A gente tava no meio de uma coisa... uma coisa bem... bem pessoal.- digo sugestivamente e ele arregala os olhos.


-Meu Deus.- ele passa as mãos pelo rosto.


-Tá bom, falar isso nesse contexto foi meio complicado.- ele admite.


-Escuta, Gabriel.- ele se vira pra mim.


Maktub.- Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora