"Quando a saudade apertar se lembre
Que eu tô nessa vida pensando na gente
Tipo a fênix, eu vou ressurgir das cinzas
E voltar pra te buscar, minha menina"
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LUANA MEDEIROS
-Eu quero um neto.- meu pai insiste.
-Pede pra Carol, ué.- falo indignada.
-A Carol tá muito nova ainda.- minha mãe diz.
-E eu não quero um neto do Igão.- meu pai argumenta, fazendo todo mundo rir.
-Pai, sério, para com isso. O Igão é sempre muito querido e a Carol fica chateada quando você fala assim dele.- digo.
-Sua irmã tá muito sensível. E fala sério, você quer um sobrinho do Igão?- meu pai me olha.
-Eu quero um sobrinho de quem quer que faça a minha irmã feliz. Ponto.- digo.
-Eu quero um neto de um cara que não tire a minha filha de mim no natal.- meu pai diz.
Ok, agora ferrou.
-Pai, uma hora ela ia crescer, né? Tudo bem querer passar o natal com o namorado dela.- argumento.
-Você cresceu e não fez isso. O Igor podia muito bem ter feito igual ao Gabriel, que veio te ver ontem.- ele diz.
-O ponto é que a Carol não é eu, e o Igor não é o Gabriel. Para de comparar.- falo.
-Tá bom, mas e o meu neto?- ele volta o assunto me fazendo revirar os olhos, e o Gabriel da risada.
-Você vai ter um neto quando uma das suas filhas quiser engravidar. Fim de papo.- falo me levantando.
-E quando você vai querer engravidar?- minha mãe pergunta animada.
-Quando eu sentir que é a hora. Nossa, vocês estão atacados hoje, né?- reclamo e eles riem.
-Vamos logo.- falo com o Gabriel, que se levanta.
Nos despedimos dos meus pais e fomos pra casa do Gabriel.
-Seu pai não aceita o Igão mesmo, né?- ele me olha.
-Nossa, isso é insuportável. A Carol fica mal mesmo com isso. Não sei mais o que fazer.- bufo.
-Ele quer que a Carol faça tudo igual eu fiz, e quer que o Igão seja igual você. O ponto é que são pessoas diferentes, relacionamentos diferentes... Ele tá pirando.- falo.
