Capitulo 46 - Só o amor pode machucar assim.

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Estou me sentindo incrivelmente bem

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Estou me sentindo incrivelmente bem.

É como se eu estivesse doente no hospital, e quando recebo alta, deixando pra trás a comida ruim, o soro e todos os remédios, e o sol aquece minha pele no lado de fora, a vida voltasse a fazer sentido, e eu me lembrava o porquê ainda estava viva. Para sentir aquilo. Não que eu tivesse tentado tirar minha vida em algum momento, é apenas uma analogia.

Largo meu celular assim que vejo Camila se aproximando entre as árvores. Ela está com a mesma roupa, mas retirou as botas de salto e substituiu por um tênis, e o que me estranha é ela ter limpado toda a maquiagem. Era início das aulas, Camila nunca andaria por aí de cara lavada, e tão menos com os olhos meio avermelhados, que só quando ela se senta ao meu lado na grama consigo reparar.

— Você está bem? – Pergunto, tocando seu queixo, para a fazer olhar pra mim.

— Estou sim – ela abre um sorriso fraco, para me convencer, mas estou vendo a forma que ela engole seco antes de pegar minha mão e deixar um beijo no dorso. – Você conseguiu resolver sobre o pessoal que estava atrás de você?

— Mais ou menos – respondo, ainda desconfiada. Sua mão ainda está segurando a minha, mas agora, ambas repousadas em sua coxa. – É sério, você está bem mesmo? Seus olhos estão vermelhos.

— Estou, é que eu pensei que iria sair do quarto só mais tarde e queria dormir, então tirei a maquiagem e acabei deixando o produto cair perto do meu olho.

Olhando por aquele lado, faz sentido. Camila também não dorme com nenhum resquício de maquiagem, e ela não estava indo de encontro com mais ninguém além de mim, o que a fazia acreditar que não precisava se maquiar toda de novo.

— Entendi – entrelaço nossos dedos, e Camila deita a cabeça no meu ombro. – Tenho que te contar uma novidade. Não falei nada antes porque queria ver se iria dar certo.

— O que foi? – Ela levanta a cabeça para conseguir me olhar.

— Eu não coloquei nem um cigarro na boca desde que saímos de Havana. Ou pelo menos não tabaco.

Ela arregala os olhos, e eu sorrio, contente e orgulhosa de mim mesma.

— É sério? – Camila sorri, sendo contagiada pelos meus sentimentos. Eu concordo. – Ai, meu Deus, amor, isso é incrível!

Ela desata o laço dos nossos dedos para segurar minhas bochechas e me beijar. Inicialmente, era para ser apenas um selinho, mas eu peço passagem com a língua, e Camila prontamente cede. Fazia uma semana que eu não sentia esse beijo, e, honestamente, pareceu uma eternidade. Nós o finalizamos com vários selinhos e risadinhas quando o ar nos falta, e Camila encosta a testa na minha, com o polegar acariciando minha bochecha e os olhos fechados.

— Estou orgulhosa, espero que continue assim.

— Eu não sou uma dependente, então acho que vou me sair bem, e estou atacando a bala halls também – a vejo sorrir, e Camila me deixa outro selinho.

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