Quando o pessoal entrou na água, nós encontramos uma forma de retomar ao clima, por mais que aquela pequena nuvem cinza tenha persistido em ficar sobre nossas cabeças. Saímos da praia por volta das duas da madrugada, e todos tinham bebido demais para pegarem em um carro e ir para casa, então ofereci que ficassem na minha, no quarto de hóspedes. Sei que não me incomodarão, porque estão bebados e cansados, mas, ainda assim, me certifico de trancar a porta do quarto principal.
Lauren acabou de sair do banheiro, nua e com o cabelo enrolado em uma toalha, e rapidamente desliza para a coberta. Eu já estava deitada a um tempo, porque Lauren precisou comer as sobras do nosso lanche da viagem e eu estava com frio demais para espera-la para tomar banho. Deixo meu celular de lado para poder me aninhar nela, e Lauren contorna seus braços por mim.
— Como está sua mão?
— Igual nos dez minutos atrás que você me perguntou – ela diz, rindo baixinho. – Juro pra você que não está doendo tanto assim.
A fiz colocar uma pochete de gelo que sempre deixamos no congelador da cozinha enquanto ela esperava a comida. Eu queria matar Dylan, apertar seu pescoço até estrangula-lo. Já sabia que algo deste tipo iria acontecer, porque eu sabia onde estava me metendo quando resolvi fazer dele um caso de feriados. Eu não respondia suas mensagens quando estava fora de Havana, mas sempre que eu vinha e nós nos encontrávamos, dormíamos juntos. Dylan é bonito, surfista e filho de uma família boa de vida, mas o que ele tem de rostinho e corpo bonito, tem de babaquice, e é do tipo que está acostumado a ter as mulheres se jogando aos seus pés, então aceitar que uma só não rejeitou seu pedido de algo sério como apareceu com outra era algo inadmissível para seu ego.
— Desculpa mesmo por isso, eu deveria ter dito a ele para ir embora assim que chegou.
— Para de se desculpar por isso e pense pelo lado positivo; se ele não tivesse ficado, não teria saído com o nariz sangrando também – eu rio, entrelaçando minha perna na dela e deitando minha cabeça em seu peito. – Ele te pediu em namoro ou algo do tipo? Porque você disse que não aceitou com ele.
— Ele me propôs que iniciássemos um namoro no último verão que passei aqui, que não se importava com a distância e tudo mais – suspiro, enfiando meu braço para dentro da coberta, a fim de repousar minha mão na sua barriga. – Além de não querer namorar na época, e ainda mais em uma distância tão grande, eu estava entrando para a universidade, queria aproveitar a vida sem ter algo me amarrando, e Dylan também era escroto demais para namorar, então eu só falei que não estava a fim, que queria dele o que eu disse desde o início; sexo e só. Acho que feri o ego ele.
— Você acha? – Eu rio, concordando. – Ele é amigo das suas amigas?
— Eu nem lembro como a gente se conheceu, mas ele meio que apareceu do nada, a gente começou a ficar, e quando eu não estava, ele acabou ficando mais próximo do pessoal, e eu tenho uma teoria de que a Rosália é a fim dele – começo a desenhar círculos com a ponta do dedo em sua barriga. – Mas mudando de assunto porque eu não quero ficar falando do Dylan... o que você achou do restante do pessoal?
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Bad Things
Fiksi PenggemarLatina de curvas e beleza invejáveis, com uma personalidade duvidosa e uma fama igualmente questionável por todo o campus, Camila Cabello é capitã das líderes de torcida da Gales University. Poderia se dizer que sua vida era perfeita, afinal, tinha...