Latina de curvas e beleza invejáveis, com uma personalidade duvidosa e uma fama igualmente questionável por todo o campus, Camila Cabello é capitã das líderes de torcida da Gales University. Poderia se dizer que sua vida era perfeita, afinal, tinha...
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— Sua ficante estava me mostrando as habilidades dela, Mila – Olivia diz, com um sorriso escancarado no rosto, e meu estômago embrulha.
Acabei de pegar Lauren e Olivia trancadas dentro do banheiro, e a filha da puta estava com os peitos totalmente à mostra. Ela está os cobrindo com o vestido agora, porque a porta está aberta e qualquer um lá fora conseguiria ver essa cena.
— O quê? Não, eu não estava não – Lauren se defende, com o rosto todo vermelho. – Eu estava pedindo para ela abrir a porta, eu juro.
Se estivéssemos participando de um desenho animado agora, eu seria aquele personagem que solta fumaça pelas orelhas, porque o ódio que está correndo pela minhas veias agora é capaz de levar meu sangue à evaporação.
— Ah, Lauren. Vai negar agora? – Olivia pergunta, com uma voz mansa e inocente. – Olha como eu estou.
— Cala a boca, porra! – Lauren se vira para trás para gritar isso, embolando o espanhol com inglês, e agarra minhas mãos desesperadamente. – Amor, eu juro. Eu vim pro banheiro porque eu estava muito ruim, e aí ela entrou e começou a falar um monte de coisa e depois tirou a roupa. Eu não toquei nela.
Lauren encara meus olhos para se explicar, e havia muitas provas que poderia condena-la, como por exemplo; por que ela não trancou a porta quando entrou? Por que estava tão perto de Olivia? Por que se assustou quando abri a porta? Mas não estou preocupada com nada disso, eu confio nela. E, além de tudo, Rosália e Sofia estavam segundo a porta entre risadas quando eu apareci.
— Você vai acreditar nela mesmo, Mila? – Olivia pergunta, com aquela voz fina de quem não fez nada de errado que faz todos os meus órgãos se revirarem.
— Não me chama de Mila! – Eu quase berro, e praticamente voo para cima dela, a empurrando. – Que porra você pensou que estava fazendo?
Olivia está com os olhos arregalados, totalmente surpresa pela minha reação. Eu entendo, não faria e nem falaria tudo que estou prestes a dizer se não estivesse com álcool na cabeça. Ou falaria. Como Lauren disse, eu sou baixa.
— Eu só... – ela engole em seco. – Ela que quis! Ficou me olhando a festa toda.
— Sua vadia – eu defiro, ficando cara a cara com ela. – Olha só pra você. Você acha mesmo que ela iria me trocar por isso?
Eu solto uma risada de escárnio, e um sorriso começa a crescer nos meus lábios quando vejo que estou a afetando de verdade.
— Você... Não, vocês duas – me afasto para apontar para Rosália – sempre quiseram tomar meu lugar em tudo, mas deixe eu contar uma coisa, vocês nunca chegaram nem na metade. Vivem recolhendo os restos que eu deixo para trás. Se eu fico com alguém e me canso, vocês vão que nem galinhas ciscar os farelos, por que assim sentem que estão no mesmo nível que eu, não é? Nem se tocam que se realmente estivessem, essas pessoas veriam vocês como primeira opção, e não segunda. Meu Deus, até hoje vocês não sacaram que eles só ficam com vocês porque não conseguiram mais nada comigo? Dylan está aí como prova. Vivem na minha sombra quando vamos para qualquer lugar. E agora você, Olivia, quis ela também depois do que eu disse mais cedo sobre como me sentia?
