Latina de curvas e beleza invejáveis, com uma personalidade duvidosa e uma fama igualmente questionável por todo o campus, Camila Cabello é capitã das líderes de torcida da Gales University. Poderia se dizer que sua vida era perfeita, afinal, tinha...
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Eu corro corredor a dentro, até chegar na porta do seu quarto, onde não penso duas vezes antes de bater. Ela é uma pessoa noturna, raramente dorme antes das duas da manhã, então tenho certeza que ela estará acordada, mas começo a duvidar do meu próprio raciocínio quando bato duas vezes, e não há respostas.
— Droga, Lauren – eu reclamo baixinho, e me esforço para desbloquear meu telefone e mandar uma mensagem pra ela. Minhas mãos tremiam muito.
C: Onde você está?
Ela fica online segundos após minha mensagem ser encaminhada, o que me faz pensar que ela pode estar metida no quarto de alguma outra garota agora.
L: No meu quarto. Por quê?
C: Estou batendo na porta, por que você não atende?
L: Estava ouvindo música.
Ouço uma movimentação lá dentro, e quando a porta se abre, revelando Lauren com um coque frouxo no cabelo, livre de qualquer maquiagem, e apenas uma blusa longa cobrindo o corpo, eu sei que estou um caco. Sei porque ela me olha de cima a baixo, sem parar nas minhas coxas ou busto que o babydoll mal cobriam.
— Você está bem? Está pálida e suando.
Não sei o porquê sua voz causa aquele efeito em mim, mas quando ela me pergunta se estou bem, tudo que sinto é vontade de me encolher, começar a chorar e contar pra ela tudo que está acontecendo na minha cabeça.
— Você tem alguma coisa aí? – Prefiro dizer, ao invés.
— Alguma coisa?
— Você sabe do que eu estou falando.
— Pesadelos de novo? – Ela cruza os braços, apoiando a lateral do corpo no batente da porta.
Uma vez, quando eu estava bebada, eu soltei que tinha pesadelos constantes para Lauren, e nunca mais toquei no assunto, porque me senti envergonhada por ter dito algo que eu julgava ser tão pessoal meu, e acho que foi nesse momento em que eu realmente senti que ela e eu estragamos tudo que tínhamos, porque eu nunca sentiria vergonha por algo assim com a Lauren que eu era próxima. Mas agora, não estou envergonhada. e me pergunto se errei quando pensei que estragamos.
— Eles nunca pararam – olho para os lados, com receio de alguém aparecer e me pegar nesse estado. – Você tem ou nao?
— Tenho, mas não vou te vender.
— O quê? – Meu sangue começa a ferver, e posso jurar que estou o sentindo borbulhar nas minhas veias.
Ela vai me negar algo só para implicar comigo?
— Camila, se você está usando para esquecer ou fazer parar alguma coisa você só vai conseguir um vício – ok... talvez não seja pela implicância.
— Você fuma pra isso – não dou o braço a torcer, e Lauren solta uma risada meio sarcástica.
— Acho que não tem comparação entre maconha e cocaína, porque é exatamente isso que eu te daria se fosse outra pessoa com o mesmo pedido.