Era de madrugada, eu tive um pesadelo e acabei acordando assustada.
— Ei, o que foi? 'Tá tudo bem?– O Carl me perguntou.
Eu o abracei e fiquei sem falar nada. O Carl começou a passar as mãos pelos meus cabelos.
— 'Tá tudo bem, você 'tá segura– O Carl diz.
Um tempinho depois, quando eu me acalmei o Carl foi na cozinha buscar água.
Eu me sentei na nossa cama. Escutou isso? Nossa cama. Cada um já 'tá dormindo em seus quartos e como eu e o Carl... já fizemos o que tinha que fazer... deixaram a gente ficar junto.
Então o Carl entrou e se sentou do meu lado, eu me sentei e depois ele me entregou a água.
— Obrigada– Falei e dei um gole de água.
— Sonhou com o quê?– O Carl perguntou enquanto tirava o meu cabelo que 'tava na frente do meu rosto— Foi com a prisão?
— Meu pai...– Eu falo.
— Seu pai? Por quê?– Ele me perguntou.
— A gente 'tá teoricamente perto da onde ele ficava com o pessoal dele... Sei lá, eu só fiquei um pouco com medo da chances dele aparecer– Respondo.
— Não se preocupa, talvez ele não esteja mas por aqui. E de qualquer jeito o pessoal 'tá aqui, não vai acontecer nada com você– O Carl diz.
— Ele não faria nada comigo... Talvez me levaria de volta, mas eu tenho medo do que ele pode fazer com pessoas como vocês... com esse lugar– Eu falo.
Eu terminei de beber a água e a gente ficou sentado abraçados.
— Ele é tão ruim?– O Carl me perguntou.
— ...Ele pode ser– Respondo.
Eu olhei pra janela e vi que estava amanhecendo.
— Ele era um bom pai... Lembro de como ele me colocava na cama e contava histórias de princesas. Lembro de como a gente cozinhava em família... aquilo era bom. Lembro que ele colocava a música que eu gostava no carro e cantava comigo... lembro que ele tinha 2 empregos e um deles era como vendedor de carros usados, ele me levava de vez em quando e a gente brincava de pega-pega entre os carros...– Falei.
— Ele não parece ruim– O Carl diz.
— Como pai não era. Mas... eu falo pra mim mesma que existe dois dele, a versão que é meu pai e a versão que é ele mesmo. Você não faz ideia do que essa outra versão dele é capaz de fazer– Eu falo— Ele ficou mal quando ele sem querer deu a flechada em mim, ele correu pra me ajudar, me levou no médico do grupo, mas quando eu fiquei bem ele disse "isso é pra você lembrar que eu sempre vou te pegar... não importa quanto você fuja."
— Seja lá, onde o seu pai esteja, ele não vai chegar perto de você. Você já conseguiu escapar dele– O Carl disse.
Eu concordei com a cabeça, mas não muito confiante.
*Quebra de Tempo*
Era de manhã, eu saí da casa com o Carl e vi o Daryl se preparando pra sair.
— A onde você vai?– Perguntei.
— Da uma volta, vê se acho alguma coisa– O Daryl respondeu.
— Eu quero ir com você. Vou pegar a minha besta– Falei.
— Que tal você não ir dessa vez?– O Carl me perguntou.
— Por quê?– Eu o questionei.
— Por causa do bebê, fica indo lá fora não é tão seguro– O Carl respondeu.
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The Walking Dead| Carl Grimes
FanfictionEntão é isso? Por alguma maltida razão os mortos decidem voltar a vida. Agora eles estão por todos os lados só esperando pra te matar. E como se esse problema de merda não fosse o suficiente agora eu tô no meio do nada, sem comida, sem água e anda...