The Walking Dead| Carl Grimes

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  Boa notícia, o pessoal fez um acordo com a comunidade do pessoal de Hilltop e eles nos deram comida, o único problema e que em troca o pessoal concordou em entrar em uma guerra por eles. Eles não falaram quem é o pessoal, mas disseram que é um grupo que força eles a dar muita comida deles e ainda manda pessoas do próprios grupo deles matarem o líder de Hilltop.
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  Nós estávamos na igreja ouvindo o Rick falar.

— Podemos trabalhar com Hilltop. A Maggie arrumou um acordo. Teremos comida. Ovos, manteiga, verdura fresca. Mas eles não vão dá de graça. Esses salvadores– O Rick diz.

    Quando o Rick disse salvadores eu vi tudo indo pro buraco. Eu parei pro Carl e vi que ele sabia, só não quis me contar.

— Eles quase mataram a Sasha, Daryl e Abraham na estrada. E cedo ou tarde eles podem achar a gente, como o grupo dos lobos acharam, como o Jesus achou. Eles podem matar alguém, ou alguns de nós. E depois tentram nos dominar. E aí, nesse tipo de luta, sem comida, sem nada, nos podemos perder.
  É o único jeito de termos certeza, a maior certeza possível, vencendo. E temos que vencer. Se fizer isso pra Hilltop vamos manter esse lugar, alimentarmos este lugar. Isso precisa ser uma decisão do grupo. Se alguém for contra, agora é a hora de falar– O Rick disse.

  Então eu me levantei.

— Não acho que vocês devam fazer isso– Falei.

— Por quê?– O Rick me perguntou.

— ...O Negan é o meu pai– Respondo.

  As pessoas me olharam e eu fiquei muito desconfortável.

— Você não disse que seu pai tinha morrido?– Ele perguntou.

— É, eu menti... desculpa. A real é que eu fugi dele a uns... 2 anos, mais ou menos. E fugi porque... O grupo dele, e principalmente ele, não são boas pessoas.
    Se vocês começarem isso, talvez não gostem do resultado. Se o Negan sonhar que esse ataque veio daqui ele vai fazer algo horrível– Respondo.

  As pessoas começaram a se preocupar.

— Não precisam se preocupar, vamos arma um plano e acabar com todos de uma vez. Não existe retaliação se não tiver ninguém vivo– O Rick diz— Já enfrentamos gente perigosa, podemos fazer isso. Se não fizermos nada, ele ainda pode chegar na gente de qualquer jeito.

  Eu sabia que nada do que eu falasse ia mudar a ideia dele então eu me sentei.

— Vai da certo– O Carl me diz enquanto passa o braço ao meu redor.

  Eu me aproximei mais dele e o abracei.

— Mais alguém?– O Rick perguntou.

  Demorou um pouco, mas depois o Morgan se levantou.

— Tem certeza que conseguimos? Podemos vencê-lo?– O Morgan perguntou.

— O que esse grupo fez, o que aprendemos, o que nos tornamos, todos nós. Sim, é certeza– O Rick respondeu.

— Então basta falar isso pra eles– O Morgan diz.

— Eles não querem um acordo– O Rick fala.

— Não é um acordo. Damos a escolha a eles. É uma saída pra eles e pra nós– O Morgan disse.

— Seu pai iria aceitar isso?– O Rick me perguntou.

— Se ele for o mesmo de sempre... Ele vai matar um ou dois do grupo, pegar outros pra trabalharem pra ele e o resto vai ficar aqui atrás de coisas pra ele, e se não tiverem coisas pra ele, ele vai matar mais gentel– Respondo.

— Se tentarmos falar com os salvadores, perdemos a vantagem, nossa segurança. Não, temos que ir atrás deles, antes que eles venham atrás de nós. Nós não podemos deixar eles vivos– O Rick disse.

— Onde se há visão, há possibilidades– O Morgan fala.

— De quê? De sermos atacados?– O Rick perguntou.

— Não estamos presos nisso. Nenhum de vocês estão presos nisso– O Morgan falou.

— Morgan, eles sempre voltam– O Rick disse.

— E voltam os mortos também– O Morgan fala.

— Sim, e vamos impedi-los. Como já impedimos– O Carl diz.

— Eu não 'tô falando dos caminhantes– O Morgan falou.

— O Morgan quer falar com eles primeiro. Eu acho isso um erro, mas não cabe a mim decidir– O Rick disse.

— É a pior ideia, e olha que eu já acho a ideia de ir lá bem ruim– Falei.

— Eu vou falar isso com as pessoas que estão em casa, Também vou discutir isso com as pessoas que estão de guarda agora– O Rick diz— Mas quem mais quer ir até os salvadores pra falar com eles?

— O que aconteceu aqui... não vamos deixar acontecer de novo. Eu não vou– O Aaron se levanta e fala, depois ele se senta novamente.

  Ninguém mais se levantou.

— Pelo jeito estamos decididos. Sabemos muito bem o que é isso. Se não recuarmos disso, sobreviverem disso. Vamos matar todos– O Rick fala.

  Então o Morgan se sentou.

— Nem todos precisam matar. Mas quem for ficar aqui, vai ter que aceitar os fatos– O Rick diz e depois saiu da igreja.

*Quebra de Tempo*

  Eu estava em casa e me aproximei do Rick.

— Desculpa por ter mentido. Fiquei com medo... Não considero mais ele meu pai... não gosto de falar dele com pessoas que eu não confio– Eu falo– Eu só contei pro Carl e pro Daryl e pedi pra eles guardarem segredo.

— 'Tá tudo bem, não se preocupa– O Rick diz— Por acaso sabe quantas pessoas tem no grupo dele?

— Não... faz tempo. Antes era grande, mas com essa loucura de mundo pode 'tá pequeno agora. Eu não faço ideia...– Falei.

  O Rick concordou com a cabeça. Em seguida eu fui pra cozinha onde o Carl estava.

— 'Tá tudo bem?– O Carl perguntou.

— Eu 'tô com medo, mas... acho que eu 'tô bem– Respondo.

— Vem cá– Ele disse.

  Ele se aproximou e eu o abracei.

— Você não vai, né? Sei que você gosta de ajudar, mas já tá com uma barriga de grávida, já 'tá se cansando mais rápido... e tinha me dito que depois do bando de caminhantes você ia diminuir com isso de ficar em perigo– O Carl me perguntou um pouco preocupado.

— Eu vou ficar. Não iria conseguir ir... não iria conseguir matar o Negan...– Respondo— Não vou botar a vida do nosso bebê em risco desse jeito.

— 'Tá chateada por saber que seu pai vai morrer?– O Carl me perguntou.

— ...É pra ser honesta?– Perguntei.

— É– O Carl me respondeu.

— Eu queria não ligar pra vida ou pra morte dele... mas no fundo eu ainda ligo... não queria que o meu pai morresse... Mas outras pessoas não merecem sofrer por culpa dele– Falei.

— Sente saudade dele?– O Carl me perguntou.

— Do meu pai de antes do apocalipse? Sinto, sinto muita. Eu te disse, sinto falta dele todos os dias, igual eu sinto da minha mãe– Respondo.

  O Carl me abraçou acho que tentando me confortar.