Tinha Que Ser Você - Valu

CAPÍTULO 17

[POV Luiza]

O despertador do meu celular toca me fazendo acordar assustada, o procuro na mesa de cabeceira, mas ao esticar a mão sequer sinto a mesa ao meu lado e quase caio da cama.

Por sorte, o braço de Valentina ao redor da minha cintura me impede de ir de encontro ao chão e ela me puxa contra seu corpo bruscamente.

- Amor? O que tá acontecendo? - ouvir Valentina me chamar de amor com essa voz rouca e manhosa é tão gostoso que arrisco dizer que é a oitava maravilha do mundo.

- Não foi nada, meu amor. - desligo o despertador o mais rápido que posso. Despertador às 6h no sábado de manhã?

- Tudo bem? - Valentina se apoia em um dos cotovelos e afasta algumas mechas de cabelo da minha nuca e pescoço, em seguida ela beija minha nuca devagar. - Bom dia, linda.

- Tudo sim... - fecho os olhos ainda de costas pra ela enquanto sinto seu toque. - Só esqueci...de desativar o...alarme.

Valentina me puxa pela cintura me fazendo virar de frente pra ela, aqueles olhos verdes tão cristalinos quanto água do mar me encaram atentos aos meus movimentos e reações.

- Que foi? Esqueceu como se fala?

- Não, esqueci como se respira mesmo. - deslizo a ponta do dedo indicador pelo seu lábio inferior.  - Com uma mulher dessa me provocando logo cedo fica difícil.

- Em minha defesa, eu só estava te dando bom dia.

- Sei - dou um selinho em seus lábios e me afasto, dou mais um selinho só que mais demorado e inicio um beijo lento. Após alguns segundos as coisas se intensificam o bastante para me fazer perder o controle. Interrompo o beijo bruscamente.  - Preciso de um banho.

- Ah sim, tudo bem - ela tenta, mas a insatisfação fica estampada em seu semblante. - Vou ajeitando algumas coisas por aqui...

Levanto ainda totalmente nua e caminho até a porta da suíte de Valentina, posso sentir seu olhar sobre mim. Apoio no batente e olho para trás por cima do ombro.

- Você não vem?

[POV Valentina]

Depois do convite irrecusável de Luiza, levanto  em segundos e a sigo até o banheiro.

- Veio rápido. - ela já está ligando o chuveiro.

- E perder a chance de tomar banho com você? - ela começa a se ensaboar.

- Quem disse que vou deixar você tomar banho comigo?

- Eu disse, mas se for um incômodo tão grande pra você, espero você sair lá no quarto.  - digo me afastando do box do banheiro.

- Nem pense nisso. - Luiza me puxa pelo braço para baixo do chuveiro com ela.

Beijo seus lábios carnudos e perfeitamente desenhados com paixão e Luiza retribui à altura, me puxando contra seu corpo.

Mesmo com a água fresca caindo sobre a gente, consigo sentir um calor absurdo.

- Posso te ensaboar? - nos afastamos um pouco e pego o sabão líquido no suporte do banheiro.

- Meu amor, eu sou sua. - ela toca meus lábios com os seus mais uma vez e mordisca meu lábio inferior no fim. - Você pode tudo.

- Luiza.. - arqueio uma das sobrancelhas analisando a provocação que ela acaba de fazer. - Vira.

Ela me obedece e coloco um pouco de sabão na mão, faço um pouco de espuma e deslizo as mãos suavemente pelas costas e ombros de Luiza, pressionando com certa força seus músculos fazendo uma breve massagem.