CAPÍTULO 44

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[POV Isabela]

Pegar a estrada rumo ao lugar onde você vai morrer não é lá muito fácil. Com 1 bilhão de reais na conta, quem não arriscaria fugir?

No fundo sei que seria inútil, uma hora ele me encontraria e tiraria minha família de mim do mesmo jeito. Preferi confiar que Valentina será capaz de neutralizar a ameaça pra que o caminho esteja limpo de forma definitiva.

O galpão principal parece ser um local de carregamento e descarregamento, além dele dois outros espaços grandes comportam várias salas abandonadas, as três saídas possíveis estão devidamente protegidas por guardas muito bem armados com fuzis de assalto.

Assim que estaciono e tiro a chave da ignição do carro, consigo ver Igor e Carla conversando na entrada principal do prédio.

Após conferir minha arma, saio do carro e sou escoltada por dois capangas.

- Boa tarde. - assim que me aproximo a conversa para.

- Boa tarde, Isa! Vem, vamos entrar. Vou te atualizar de algumas coisas. - Igor me conduz para dentro.

- Pode falar. - tento manter uma distância segura.

- Só quero te tranquilizar quanto ao seu pagamento, está sendo transferido agora mesmo para a conta que nos passou. - o celular vibra em meu bolso, ao ler a notificação do aplicativo do banco respiro aliviada.

"Isabela, 1 bilhão de reais já estão disponíveis em sua carteira."

- Obrigada. Qual o plano?

- Como você bem sabe, isso tudo é por muito mais que dinheiro, então não posso colocar tudo a perder, certo?

- Sim, eu sei. E o que tem?

- O que tem, é que eu odeio desconfiar que as pessoas estão me atrapalhando, Isabela. - noto que dois brutamontes se aproximam logo atrás de mim.

- Não te dei motivos pra desconfiar de mim, Igor.

- Aí que tá o problema, Isabela: eu desconfio de tudo...e de todos. - sem que eu sequer tenha tempo de olhar pra trás, um saco de tecido preto é colocado na minha cabeça, me deixando totalmente no escuro. - Levem ela daqui.

Sinto mãos nada gentis me segurarem pelos braços e me arrastarem ao longo do galpão que conheço bem.

- Certifiquem-se de que ela está bem amarrada, imbecis.

A sua voz fica mais distante à medida que me afasto de onde ele está.

Ao chegar numa sala, gelada e com cheiro bem desagradável, um dos guardas retira o saco preto, o que não faz muita diferença porque aqui é extremamente escuro, mas pelo pouco que posso ver pela luz que entra por algumas frestas é que tem algumas poças d'água espalhadas pelo ambiente.

- O que vão fazer comigo? - pergunto mesmo sabendo que as chances de me responderem são mínimas.

- A gente? Nada. Agora o chefe? - um deles, se bem me lembro, seu nome é Ravier, ri antes de completar a frase.

- Ele sabe que foi você quem ajudou a irmã dele a fugir. - o outro completa a frase.

- Vocês precisam me ajudar a sair daqui!

- Você sabe que não vai rolar. - Ravier me segura pelas bochechas, apertando-as com força. - Mas outras coisas podem rolar...

- Seu nojento! - chuto com toda minha força o meio de suas pernas, acertando sua área intima, fazendo ele se encolher e urrar de dor. - Fica longe de mim!

Tinha Que Ser Você - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora