Tinha Que Ser Você - Valu

CAPÍTULO 30

[POV Luiza]

Já se aproxima das 22h e o dia permaneceu nublado e chuvoso como no fim de semana quase inteiro. Passei menos de três horas na delegacia, mas ainda assim ter que dar depoimento duas vezes e registrar a queixa contra Nádia me drenou tanta energia que espero que nunca mais ela consiga me sugar, mesmo que indiretamente. Tem uma semana inteira dentro da minha segunda-feira.

Valentina me trouxe pra casa depois de deixarmos o Léo na minha mãe, faz um tempo que ele não fica com a vó e quero um tempo sozinha com a minha delegada.

Depois de chegarmos, nós jantamos e tomamos um banho. Valentina então pediu para ficarmos deitadas conversando um pouco antes de dormir.

- Como você consegue raciocinar, pensar em tanta coisa com uma pessoa te ameaçando com uma faca ou sei lá, oferecendo risco a sua vida? - pergunto enquanto me acomodo na cama ao lado de Valentina.

- É uma das coisas que aprendemos durante nosso treinamento, - Valentina abre o braço para que eu possa deitar no seu peito. - não é como se eu não me importasse com o que estava acontecendo ou não tivesse ciência dos riscos, eu só não posso deixar isso atrapalhar meu julgamento, sabe?

Coloco a mão por baixo da camisa de Valentina e faço carinho no seu abdômen enquanto conversamos.

- Sei, deve ser difícil.

- Muito, eu quase me deixei levar ao ver você, a pessoa que mais amo, em perigo. - ela faz uma pausa e respira fundo.  - Mas você está bem e segura, é isso que importa.

Valentina desliza as pontas dos dedos pelo meu cabelo mais próximo da nuca, me fazendo sentir um arrepio gostoso.

- Tem uma coisa que esqueci de te dizer que é muito importante. - levanto a cabeça para olhar nos seus olhos verdes clarinhos. - Você  fica muito sexy toda autoritária, fardada e dando voz de prisão.

- Ah é? - Valentina segura meu cabelo com mais força próximo da raiz durante o cafuné. - Vou lembrar disso.

Sinto uma onda de calor se alastrar pelo meu corpo e me impulsiono um pouco mais para alcançar sua boca com a minha.

Com uma das mãos repousadas sobre o rosto de Valentina, toco seus lábios com os meus e peço passagem pra sua boca, sinto meu coração bater mais rápido, mas felizmente dessa vez é por uma boa razão. Valentina estende a mão livre e puxa minha coxa para si, me deixando parcialmente deitada sobre ela.

O beijo se torna cada vez mais intenso e vez ou outra intercalo com mordidas em seu lábio inferior.

Valentina alcança minha bunda parcialmente nua, já que estou apenas de calcinha e estala um tapa forte que me causa um misto de prazer e dor tão gostoso e intenso que deixo escapar um gemido baixinho no meio do beijo.

Ela então sorri sem interromper nosso contato e me puxa de vez pra cima dela.

- Eu poderia fazer isso pro resto da vida... - murmuro extasiada de tanto tesão que sinto por simplesmente beijar essa mulher.

- É sobre isso - Valentina encerra o beijo aos poucos. - que eu queria conversar com você, amor.

- Não podemos conversar depois? - beijo seu pescoço enquanto deslizo a mão livre por debaixo da sua camisa até alcançar seu seio.

- Lu... - sua voz sai tão falhada que é nítido que ela já mudou de ideia sobre falar agora.

- Oi, meu bem? - alcanço sua calcinha e enfio a mão por debaixo do tecido lentamente até alcançar seu clitóris totalmente lubrificado. - Quer falar alguma coisa?