CAPÍTULO 22

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[POV Valentina]

Tudo que vejo a minha frente são papéis e mais papéis, documentos sobre certificações anteriores a que está sob investigação, relatórios sobre cada pessoa da empresa da Luiza, que tem nada menos que 250 colaboradores, isso só aqui no Rio.

Minha tarefa é eliminar todos aqueles que sequer sabem do que está acontecendo e que são realmente inocentes e dar uma atenção maior para pessoas que pareçam suspeitas.

Duas batidas na porta anunciam que alguém vai entrar, quem entraria na minha sala com tanta propriedade sem pedir autorização?
Bloqueio a tela do computador para que não vejam o que faço aqui, afinal é uma investigação com acesso restrito.

Claro que é ela, a superintendente da Polícia Federal, Carla Fróes, vulgo minha chefe que o Hugo jura que me dá brecha sempre que possível.

A superintendência é o mais alto grau da polícia federal (PF), ficando abaixo apenas do diretor-geral que é nomeado pelo presidente da república, ou seja, eu respondo diretamente a ela e ao diretor geral apenas

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A superintendência é o mais alto grau da polícia federal (PF), ficando abaixo apenas do diretor-geral que é nomeado pelo presidente da república, ou seja, eu respondo diretamente a ela e ao diretor geral apenas.

Ela supervisiona toda a operação em determinada região, nesse caso Rio de Janeiro e São Paulo, existem outros superintendentes espalhados pelo país, mas Carla é a única superintendente mulher da PF e sinceramente? Meu objetivo é ser a próxima mulher nesse cargo.

- Bom dia, delegada Albuquerque. - ela entra acompanhada do Hugo.

- Bom dia, chefe. Tá tudo bem? - tento transparecer leveza na voz, mas pra ela ter vindo aqui, alguma coisa tem.

- Comigo tudo ótimo, e você? Coloque o Agente Abrantes a par do caso Pure Life, ele agora tem acesso total à investigação.

- Sim, senhora. - desvio o olhar para meu amigo buscando qualquer sinal de chateação ou irritação, afinal escondi dele uma investigação dessa magnitude. - Mas por que?

- É muita coisa pra você fazer sozinha e porque além dessa investigação vou te entregar mais algumas demandas em breve. - ela puxa a cadeira e se senta à minha frente. - Vai almoçar fora?

- Entendido, vou passar tudo o que temos pra ele. - apoio as costas no encosto da minha cadeira e cruzo os braços. - Vou sim.

- Com o Hugo? - ela parece bem curiosa.

- Não, com a minha namorada. - sinto minhas bochechas queimarem de vergonha ao admitir que Luiza já ocupa um lugar que ela sequer aceitou oficialmente.

- Você já usou essa desculpa comigo antes, lembra? - ela sorri sem muita intenção de fazê-lo. - Podemos marcar um almoço para essa semana? Precisamos conversar.

Não considero Carla uma ex-namorada, afinal nunca nos beijamos, nunca transamos, nunca tivemos nada além de conversas picantes que, depois de um tempo ambas consideramos imprudentes. Assim que ela passou a exigir certa frequência em nossos almoços e conversas pelo telefone, me afastei para que as coisas não se misturassem mais ainda.

Tinha Que Ser Você - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora