CAPÍTULO 13

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Olá! Para não dizerem que não escuto vocês, capítulo antecipado ❤️

Boa leitura!

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[POV Valentina]

- Vem cá, deixa eu tirar sua roupa. - essa é uma daquelas frases que você pode ouvir no sexo ou quando leva um tiro. Seria cômico se não fosse trágico.

- Eu consigo, só me ajuda a soltar essa tipóia. - encaro Luiza que se afasta em reflexo a minha negativa. - Quando você for arrancar minha roupa, quero que seja num momento mais gostoso e oportuno, meu amor.

- Ufa, me assustei por um momento. - ela sorri aliviada e começa a soltar o tecido acolchoado que sustenta meu braço no ângulo de 90°. - Como isso aconteceu?

- Fomos emboscados na casa do suspeito, tinha uns 10 bandidos entocados naquela casa esperando a gente. - assim que ela solta o meu braço o relaxo aos poucos. - Fomos recebidos a tiros e alguns de nossos agentes foram sequestrados.

- Nossa, mas parece ser algo tão simples e comum pra vocês no dia a dia...

- E é, só que pra gente ele tinha deixado a liderança, não tinha mais soldados. - abro a fivela do meu cinto com cuidado para não exceder na força e me sento na cama. - Pelo menos no fim das contas nós prendemos 20 deles e o chefão que fomos prender inicialmente.

- Menos mal, pelo menos agora ele não oferece mais risco. - Luiza agacha na minha frente e sem falar nada começa a desamarrar meu coturno.

- Sim, você tem razão. - acaricio sua bochecha. - Obrigada por cuidar de mim, linda.

- É uma honra poder cuidar de você que cuida de tanta gente todos os dias, Valen. Eu quem agradeço.

Me deixa feliz saber que ela enxerga o meu trabalho sob a mesma ótica que eu vejo, um ofício capaz de salvar e proteger muitas vidas.

- Eu vou lá tomar um banho pra tirar essa roupa aqui, enquanto isso, fique confortável. - me levanto. - A casa é sua.

- Tem certeza que não precisa de ajuda? - ela me envolve pela cintura.

- Tenho, eu consigo. - deposito um breve selinho em seus lábios. - Tô acostumada mesmo, e a bala entrou e saiu, vai melhorar rapidinho. Prometo, linda.

- Olha lá hein, vou fazer alguma coisa pra você comer então, posso?

- Você pode tudo! - sorrio e sigo para meu banheiro.

No banheiro, tiro a camisa com muita dificuldade, afinal, por mais costume que tenha, ainda é um ferimento que dói muito, principalmente nas primeiras horas.

Abro o chuveiro no quente e depois de me livrar da roupa entro debaixo d'água. Apoio minha cabeça no vidro translúcido do box e a cor do chão agora vermelho pelo sangue seco que sai de mim me transporta para o momento exato em que tudo aconteceu.

[Lembrança ON]

- Delegada, é o seguinte: vocês tão cercado. Não adianta caçar brecha porque o fim de vocês é hoje. Então vai funcionar assim:

- Marcelo, se você bem me conhece, sabe que não negocio com bandido. Você tem 5 minutos pra se render numa boa ou eu vou entrar.

5 minutos se passam e no minuto seguinte tudo fica um tanto nebuloso. Vejo agentes e mais agentes caindo ao meu lado. Pego cobertura no meu carro do outro lado da rua.

A troca de tiros é intensa, mas estamos devolvendo o fogo na mesma intensidade e igualando a quantidade deles com quantos agentes em pé ainda temos.

Tinha Que Ser Você - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora