capítulo 3

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A chama do isqueiro sobre o cigarro, dei uma tragada, soltando a fumaça em seguida

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A chama do isqueiro sobre o cigarro, dei uma tragada, soltando a fumaça em seguida. Fechando meus olhos com força, observava o alto do prédio da Bonten, com a brisa refrescante do meio dia, a nicotina ia entrando em meu corpo me fazendo relaxar.

—Você consegue...Max. Você pode ter o mundo.

Dou outra tragada, olhando a imensidão do céu azul, querendo de tornar como os pássaros no céu, bater minhas asas de forma livre e voar para o sul, fugindo dos tempos de frio.

—Ilusões e desejos presos em meus sonhos entre o deserto.

Apago o cigarro, após terminar de fumar e começo a sair pela escada, o barulho dos saltos ecoava pela saída, e eu estava prestando atenção para não cair, já que os saltos além de finos era extremamente fácil de escorregar. Assim que viro para descer o último lance de escada, meu corpo se choca contra o de alguém, me fazendo perder o equilíbrio, mas logo sinto seu braço passando em volta da minha cintura, me segurando com força contra seu corpo.

Minha mão repousa sobre seu peito, me fazendo olhar em seus olhos.

O cabelo prateado, como um Lobo. Os olhos negros que podem te sugar para dentro sem o menor esforço. Ele olhava em meus olhos sem esboçar qualquer reação.

O cheiro do cigarro se misturou com o forte cheiro do seu perfume, e por alguma razão seu aperto se tornou mais forte em minha cintura.

— o que estava fazendo? — sua voz era fria e autoritária.

— Fumando, estou no horário de almoço — respondo tentando me afastar, e ele prontamente me solta.

— Você fuma?

— Você não? — sorrio e me curvo um pouco — com sua licença, irei voltar ao trabalho.

Começo a descer o restante das escadas, e ele continua me encarando.

— Maxine!

— Hm?

— Nada! — ele diz me fazendo o olhar confusa — estava testando o sabor do seu nome.

Ele então me dá as costas e vai embora, me deixando corada, meu coração acelerou no meu peito de uma forma que foi instantânea.

[...]

— Senhor Sanzu, tenho algumas papeladas do seu interesse — digo ao entrar em sua sala, vendo ele totalmente coberto de sangue, sua katana também estava com sangue e o cheiro do sangue só não era mais forte que o cheiro da maconha.

— Agora não! — ele diz com os olhos fechados ao estar deitado no sofá de couro negro, enquanto o sol ia se deitar no poente.

Matar alguém não deve ser fácil, além de tornar a pessoa cada vez mais fria, os gritos de horror e desespero ficam gravadas para sempre em suas memórias. Não é igual matar um animal ou um inseto, imagino que ele use as drogas para relaxar a mente.

Deixei a pasta em cima da mesa, e fui até as janelas, puxando as grossas cortinas negras, cortando a iluminação alaranjada do sol, deixando o ambiente mais escuro, mas com as janelas abertas para o cheiro de sangue ir com o vento.

— Na ausência da luz a escuridão prevalece.

Murmuro, pegando a pasta novamente e me dirigindo até a saída.

— Espere! — ouço ele se levantar do sofá e vir até mim, giro os calcanhares devagar o observando se aproximar.

O cabelo rosa, ofuscado pela escuridão da sala, mas seus olhos azuis brilhavam mais que a constelação de pegasus. Essa constelação foi associada à chegada da primavera, mas também às tempestades e trovões.Pegasus é tido como um símbolo da eternidade. As principais estrelas do Pegasus são Markab e Scheat (que serão vistas em artigos específicos para cada uma delas).

Acho que combina perfeitamente com ele, por conta da associação do nome "Haru" que significa primavera e "Sanzu" significa as três torturas do inferno e são divididas entre fogo (kazu), espada (toozu) e sangue (kechizu). Quando alguém morre, sua alma deve passar pelo rio e passar pelos juízes do inferno.

— Não está tremendo de medo? — ele sussurrou ao me olhar de cima a baixo — estou coberto de sangue, matei pessoas. Sou um torturador e você apenas entra e fecha a porra das cortinas como se não fosse nada?

— Perdão, quer que eu marque seu horário numa sauna para se livrar do sangue? — pergunto gentilmente e Sanzu se aproxima cada vez mais, me prendendo contra a porta, usando os braços de cada lado ao se posicionar.

— está brincando comigo? Eu posso te matar agora mesmo. Assistentes como você, tem em todos os lugares, kakucho arruma outra.

— Garotos maus não dizem que são maus. — sussurro olhando em seus olhos, vendo uma certa confusão neles — Mas se ainda assim quiser, meu pescoço está está bem aqui.

— Você já matou alguém? — ele perguntou quase como um sussurro, arrepiando minha pele.

— Não! Mas já vi a morte muitas vezes e me tornei amiga dela. — mantenho meu olhar firme — pode assinar aqui?

Ele olha a pasta em minhas mãos, e acaba soltando uma risada grossa e gostosa que arrepiou meu corpo, ele pegou a caneta do bolso e abriu a pasta, assinando ela.

— Prontinho, bad little girl — Ele diz e ergue seu dedo para tocar meu rosto.

Aos poucos a sala se torna cada vez mais escura, com o anúncio da noite e sinto sua respiração ficar mais intensa. Continuei parada olhando em seus olhos, até que ele se afastou.

— com sua licença.

Me retiro da sala, dando de cara com Sano Manjiro com os braços cruzados. Ele me olhou de cima a baixo,notando a pasta em minhas mãos.

— boa noite, senhor Sano.

Me afasto em direção a sala de Kokonoi, e o mesmo fica surpreso ao ver que Sanzu havia assinado alguma coisa pela primeira vez.

𝒃𝒆𝒕𝒕𝒊𝒏𝒈 𝒐𝒏 𝒍𝒐𝒗𝒆 - 𝑴𝒊𝒌𝒆𝒚 𝑩𝒐𝒏𝒕𝒆𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora