Peguei minhas roupas do chão, as vestindo antes mesmo de amanhecer. Após o jantar da noite passada, vim me encontrar com meu acompanhante fixo. Hotaru Ryuu, um CEO famoso por sua empresa de fabricação de vinhos, o dono da Yamagata.
Enquanto ele permanecia dormindo, eu terminei de me vestir, olhando o nascer do sol. Iria passar em casa e tomar um banho para ir trabalhar.
— Já vai? — ele sussurrou com a voz sonolenta.
— Você sabe que eu sou assim — murmuro de volta — sem compromissos, sem amor.
— Ainda vai chegar o dia, que você vai acordar do meu lado e ser minha esposa — ele se levantou me olhando fixamente.
— Eu já mencionei o quão inconveniente sua obsessão por mim tem sido? — reviro os olhos indo até ele, colocando minha mão em seu peito ele a segura levando aos seus lábios.
— Eu ainda vou fazer você amar, Max.
— Me beije ou me mate. Nós dois sabemos que você só capaz de um. — me afasto passando a mão pelo meu cabelo. — Não me ligue!
[...]
Minha mente não estava muito boa hoje, sempre era assim depois que eu visitava Ryuu. O prazer que eu queria nunca acontecia, na verdade eu realmente não sentia prazer algum.
Estava organizando o que Kakucho me pediu, perdida em meus próprios pensamentos, aproveitando o clima melancólico do dia.
Acho que preciso de um cigarro~
Me levanto da minha mesa e abro a janela do escritório, pego minha cartela de cigarros e me sento na poltrona, olhando a vista de Shibuya — a chama do isqueiro sobre o cigarro na primeira tragada, trouxe o alívio que eu precisava.
Fechei os olhos por longos segundos, apenas para ver a figura de um dos Haitanis na minha sala.
— Senhor Rindou...
— Pode continuar — Ele diz me fazendo relaxar um pouco — Vim pegar as planilhas pro Kokonoi.
— Estão todas aqui — sussurro apontando para as pastas — Está tudo organizado, por favor tome cuidado pra não quebrar a ordem.
— Certo, obrigado Max.
Dei outra tragada no cigarro, vendo minha visão desfocar para o lado de fora, eu parecia estar pensando em algo extremamente profundo como a descoberta de um novo significado pra vida. Mas na verdade minha mente estava em branco, o sentimento de vazio que jamais seria preenchido, não importava com quantos eu dormisse, ou quantos cigarros eu fumace. Eu era uma casca vazia.
Rindou retirou o cigarro dos meus dedos e o jogou pela janela, em seguida colocou três pirulito na minha mão, um de uva, um de morango e outro de limão.
— recomendo algo doce, para trazer energia — ele sussurrou ao se retirar da sala.
Encarei os doces e sorrio, abrindo o de uva e colocando em minha boca, saboreando o sabor do caramelo misturado com o sabor da uva.
Realmente era melhor...no momento pelo menos.
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𝒃𝒆𝒕𝒕𝒊𝒏𝒈 𝒐𝒏 𝒍𝒐𝒗𝒆 - 𝑴𝒊𝒌𝒆𝒚 𝑩𝒐𝒏𝒕𝒆𝒏
Fanfiction"Vamos apostar, Mas não se Apaixone por mim"