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Começo a olhar os contratos, alguns com propostas interessantes, outras com um total absurdo, querendo um lucro maior por cima da Bonten, sendo assim os separei e olhei para uma das velhas na mesa, sei que não precisava de autorização para nada, então gentilmente estendi as folhas com as piores propostas e as encostei sobre o fogo, vendo o papel queimar assim como o olhar de raiva, que provalmente era dos que queriam aqueles contratos assinados.
Uma pena, pois agora eram cinzas! — peguei a caneta de pena, molhando-a no tinteiro e assinei com meu nome os que restaram, obviamente apenas os que traziam lucros e benefícios importantes para Bonten.
De forma sutil vejo uma taça de vinho ser estendida na minha direção e preenchida por um dos homens que me encaravam com um ódio mortal...que interessante.
— O que é isso? Uma ficção dramática feita para conseguir minha simpatia? Depois do seu contrato ter sido queimado?
O homem era Hotaru Okada, o homem que me humilhou, o pai de Ryuu e também o homem que tirou minha virgindade.
Ele me olhava com raiva, um ódio incandescente ao me ver sentada na cadeira do Rei, tendo o próprio Manjiro sentado ao meu lado só que nós braços da cadeira.
Os executivos olharam aquela cena, assim como os olhos de lobo faminto do próprio Manjiro.
Ele Observa a situação ainda encostado na cadeira, vendo-me queimar os papéis e logo em seguida a taça me ser estendida, então ele a pegou enquanto eu falava, rodando o vinho na taça diversas vezes e sintindo o cheiro enjoativo.
– Esse definitivamente não é o cheiro do vinho que eu escolhi... O que quer fazer? Envenenar minha mulher? Não seria o primeiro a tentar droga-la e nem o primeiro a morrer por isso...
Ele se levantou e caminho até o Okada, então lhe estendo a taça vendo sua expressão de horror.
– Antigamente os Reis e Rainhas tinham provadores que atestavam a qualidade da comida e também se estava livre de venenos e tudo que pudesse adoecer ou matar suas majestades... Hoje você será o provador pessoal da Rainha da Bonten...
Ele Manteve a mão estendida com a taça, e com a outra buscou sua arma na cintura, esperando o Okada tomar da taça, ou tomar um tiro.
sorrio com a cena a frente, reconheceria esse homem de longe, imagino que o gatilho seja puxado mesmo sem ele beber se eu contar, o que ele já fez comigo. Me afasto um pouco da Mesa, aconchegando minhas costas no estofado da cadeira, brincando com os detalhes de pedrarias no vestido.
— chega a ser engraçado, que logo você tenha feito isso....Como vai a esposa? Seu filho Ryuu está morto né, uma pena...ele mereceu e pelo jeito, continua indo com suas acompanhantes ao invés de apresentar sua esposa.
Me levanto com elegância, vendo Rindou retirar suas arma do cinto e vindo como minha escolta, me aproximo de Mikey, e seguro a taça em sua mão sorrindo.
— Se eu beber, quem morre primeiro? Eu ou você. Qual a melhor forma de semear a solidariedade do que mostrar fé em relação a um inimigo?
Levo a taça até meus lábios deixando o batom encostar no delicado vidro, ameaçando tomar.
