capítulo 14

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Kokonoi me enviou novamente para que Sanzu assinasse, mas assim que chego em sua sala, ele está largado no sofá de couro, com aquele cheiro pairando todo o lugar

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Kokonoi me enviou novamente para que Sanzu assinasse, mas assim que chego em sua sala, ele está largado no sofá de couro, com aquele cheiro pairando todo o lugar...o cheiro do sangue, o cheiro da morte.

— Você de novo... — Ele sussurrou sem me olhar e eu sorrio indo até as janelas, fechando as cortinas grossas e negras.

— eu trabalho aqui afinal  — Sussurro baixinho mas dessa vez me sento no braço do sofá olhando ele.

— você não esta sentindo nada? — Ele murmurou com a voz bem baixa — Matou alguém pela primeira vez.

— Não foi a primeira vez — Sussurro baixo deixando meu olhar se tornar perdido — foi a segunda.

Sanzu me encarou com seus olhos,enquanto ele permanecia deitado.

— Sei que acabei mentindo, mas tenho meus motivos. Trabalho desde os treze anos....desde sempre fui uma menina bonita, uma beleza radiante e sedutora.

Aos treze descobri que minha mãe tinha câncer e precisava fazer quimioterapia,  meu pai mudou desde aquele dia, depois de me colocar numa casa de massagem para ser acompanhante de Luxo por causa da beleza. Fui treinada pelas mulheres do cabaré, até os quinze anos quando passei a ser acompanhante.

Todo dinheiro que entrava era para a quimioterapia, remédios, e pouco a pouco via minha mãe morrendo...o desespero foi tomando por que chegou num momento que o dinheiro começou a sumir — Mais tarde descobri que meu pai estava saindo com as moças do cabaré para se satisfazer, enquanto eu trabalhava acompanhando homens nojentos.

Nunca fui tocada, permanecia pura e isso aumentava o meu preço.

Por fim quando o vi com uma das moças....eu fiquei cega pela raiva e pela dor da traição, eu matei ele e a garota no mesmo instante. Ninguém nunca descobriu que eu fiz aquilo.

— Mas agora você sabe — olho para Sanzu com um sorriso — Me tornei amiga da morte. Pode assinar?

Ele sorriu e assinou os papéis e em seguida eu saí da sua sala o deixando sozinho.

[...]

Quando retorno para minha sala, encontro um buque de rosas vermelhas lindas, me fazendo aproximar das flores surpresa, procurando algo que diga quem enviou.

Mas apenas as rosas estavam ali, não havia nome, não havia nada.

Segurei o buque em minhas mãos e sorrio sentindo o aroma das flores.

Eram lindas... o primeiro buque de flores que eu ganhei.

𝒃𝒆𝒕𝒕𝒊𝒏𝒈 𝒐𝒏 𝒍𝒐𝒗𝒆 - 𝑴𝒊𝒌𝒆𝒚 𝑩𝒐𝒏𝒕𝒆𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora