37 - jantar

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O dia clareou, meu coração está acelerado e respiro profundamente ao sentir o braço pesado por cima de meu corpo, Liam....

Olho para seu corpo relaxado e passo a mão por seu rosto estudando cada detalhe que tanto amo. Lembro de todas as coisas que passamos e um nô se forma em minha garganta ao imaginar que ele possa voltar a ser o idiota de antes... lembro como se fosse hoje de suas mãos em meus pescoço, suas palavras grossas...

-Já acordada? - ele fala sem abrir os olhos e meu coração bate mais forte por escutar sua voz que tanto amo.

-Já sim - me levanto, mas ele me puxa colocando sua cara em meu pescoço - Liam..

-Fica - pede e morde meu ombro fazendo minha pele arrepiar.

-Tenho que levantar... você deveria ir trabalhar - ele abre os olhos resmungando e depois vira de lado cobrindo seu peito nu - Liam...

-Por Deus, eu sou o presidente... estou de férias.

-Liam, não quero que meus filhos nasçam com um pai vagabundo - ele vira rapidamente e abre um sorriso que eu não esperava que desse, o que foi agora? - Que é?

-Vagabundo... é? Bem que você gosta do meu lado vagabundo... - ele me puxa para que fique em cima dele e aperta minha nuca selando nossas bocas. Não existe melhor coisa do mundo do que seus beijos, seus braços, seu coração. O amo muito... - Estou doido para saber o sexo dos nossos filhos - diz quando nos afastamos.

-Também... logo logo saberemos - me levanto da cama e vou em direção ao banheiro - Será que seu amiguinho não quer um agrado? - pergunto tirando a camisola na frente da porta o fazendo quase pular da cama.

-Sério? - pergunta e anda tirando a calça apressadamente.

-Ahram...

*

Não vou comentar o que aconteceu no banheiro, acho que todos já sabem. Depois de transarmos na banheira e na cama, Liam decidiu tirar, realmente, o dia de folga e disse que iriamos caminhar no parque.

-No parque? - pergunto desconfiada e ele resmunga que sim com um pedaço de bolo de laranja na boca - Ta certo.

Me arrumo com um vestidinho leve e o espero descer para irmos. Liam aparece com um short verde e uma blusa preta, quando será que vai começar a usar cores mais claras?

-Vai casar comigo de preto? - pergunto cruzando os braços ficando com raiva só de imaginar.

-Espere e verá - ele me puxa e saímos de mãos dadas pela porta.

*

-Não acredito que estamos fazendo isso... - ele sorri e caminhamos até embaixo de uma árvore para ficarmos na sombra.

-Tudo por você... - como pode alguém mudar da água para o vinho? - Tudo por vocês... - corrige e estende o pano colocando a cesta de comida em cima.

Tudo está tão perfeito, nossas mãos estão dadas, meu coração está acelerado, o ar parece mais puro e fecho meus olhos aproveitando cada momento com ele.

-O que está pensando? - ele deita ao meu lado e boto minha cabeça em seu ombro.

-Estou pensando na gente, no nosso futuro... - aliso seus braços - Não quero que nada de mal aconteça com meus filhos.

-Nosso filhos, Mia - repreende - E nada vai acontecer com eles... vou protegê-los com a minha vida.

Meu coração acelera com a ideia de o perder, não quero, não posso... ele é meu, só meu. Aperto com força seu peito e enfio minha cara em seu pescoço contendo as lágrimas que insistem em sair apenas pelo pensamento ruim.

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