Quatro dias - 38

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   Definitivamente não é pra mim.

   É tão barulhento que me dá agonia, sem contar no cheiro de suor, álcool e drogas. Meu Deus, é esse o tipo de festas que Nero frequentava?

   Ele está com os braços em volta na minha cintura, criando uma barreia em volta de mim para nos tirar na pista de dança em segurança.

   Tem adolescentes e jovens. As drogas estavam sendo consumidas do lado de fora da casa então o que mais predomina o ambiente daqui é o álcool.

   A festa deve ter começado a no maximo quarenta minutos e mesmo assim já tem muita gente embriagada.

   Um rapaz alto me olhou sorrindo, ignorou a presença do jovem atrás de mim e começou a se aproximar. Não sei se me encolhi ou fiz algum barulho de desconforto mas acho que meu companheiro percebeu.

   Isso porquê quando o moço de cabelos pretos se aproximou e estava prestes a me tocar Nero empurrou seu braço para longe de mim.

   — Ela está acompanhanda — sua voz soou muito mais grave e hostil do que o normal.

   — Desculpa cara — o outro falou mas parecia estar se divertindo — Vocês não querem com...

   — Não usamos drogas — foi a última coisa que ouvi ele dizer antes de voltar a me guiar.

   Mais um metro andando e estaríamos fora da sala que os adolescentes fizeram de pista de danças.

   Suspirei aliviada quando entramos em uma sala mais espaçosa e vazia.

   Tinham alguns garotos jogando sinuca de um lado e outras pessoas jogando alguma coisa que envolve bebida como punição.

   Foi dos garotos que nos aproximamos.

   Um deles nos viu primeiro e abriu um sorriso enorme para Nero.

   — Olha quem saiu da torre! — disse o menino de cabelos castanhos.

   Os outros olharam para nós também e de repente todo mundo chegou para falar com meu namorado que me soltou para cumprimentar seus amigos.

   — Olá Jonna — eles começaram a estender as mãos para mim.

   — Ah. Oi.

   — Resolveu liberar o homem, né? — um deles brincou, todos eles são absurdamente altos mas esse parece ser bem mais novo do que nós.

   — Uau! Jonna você está espetacular de bonita — foi um garoto de pele escura quem me olhou de cima abaixo enquanto apertava minha mão de vagar.

   — Você abaixa sua bola — Nero apontou para ele ao empurrá-lo de leve para longe de mim — E eu só passei pra dar um oi.

   — Pelo menos você veio — o garoto de cabelos castanhos estava contente — Bebe alguma coisa antes de ir embora, curte um pouco a música. Comemore nossa vitória, não seja tão chato.

   — Pode deixar — sua mão encontrou meu corpo de novo — Quer beber alguma coisa? — perguntou me olhando.

   — Sim — murmurei distraída com o jogo de sinuca.

   — Tem alguma bebida sem álcool? — a voz familiar se dirigiu ao provavel dono da festa.

   — Na cozinha...

   Enquanto analisava a casa os meus olhos trombaram com o quarteto do pânico no jardim dos fundos. Giorge estava olhando para mim como se eu fosse um pedaço de carne que ele adoraria estraçalhar em pedacinhos. Arianne estava analisando Nero e Nancy estava distraída em uma conversa com Louis.

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