Feliz ano novo - 27

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    — Não idiota! Aí não! — Alice gargalhou.

   Todo mundo veio acompanhado.

   Alice trouxe seu amigo Jun-ho.
   Dina trouxe a garota chamada Chayene com os cabelos castanhos meio ruivos.
   Charlotte uma outra garota chamada Lilly que tem pele escura e cabelos lisos.
   Barbie trouxe um rapaz chamado Derek de olhos claros e cabelos loiro.

   Fora os novatos que eu não sabia que vinham, também notei vários rostos conhecidos na multidão organizada.

   O parque central da cidade beirando o mar foi o local escolhido para a queima de fogos e Ruthe me contou que todo mundo veio acompanhado porquê querem se beijar no momento exato da virada.

   Apesar de estar cheio, o lugar ainda está bem organizado. Tirando o vento gélido que continua soprando contra nós está sendo até que divertido.

   Nero está atrás de mim sentado na toalha, quando não tinham mais lugares para sentar ele me convidou para ficar entre suas pernas, encostada no seu peitoral quentinho.

   A proximidade ainda está tirando minha atenção do assunto. Seja sua respiração quente que as vezes bate no meu pescoço ou seus braços rodeando minha cintura e as mãos brincando na minha coxa, quadris e barriga.

   Ele não pode me tocar assim.
   Não quero que ele me toque assim.
   Queria detestar seu toque.
   Mas estou derretida em seus braços.
   Com a cabeça apoiada em seu peito e apreciando cada um dos toques leves.

   — E você Jonna? — a voz de Lotte chamou minha atenção. Todos estavam me olhando.

   — O que tem eu? — perguntei confusa.

   — Já teve sonhos eróticos com alguém? — Dina quem refez a pergunta.

   Senti minhas bochechas esquentarem. Por que elas todas não tem um pingo de pudor?

   — Não sei. Não costumo lembrar dos meus sonhos — menti sem demora.

   — Ata — Barbie riu enquanto me olhava de forma maliciosa.

   — Amiga você é hétero? — Lilly quem perguntou, ela está sentada ao lado de Dina que está ao lado de Nero.

   — Nunca experimentei ficar com garotas — na verdade nunca experimentei ficar com ninguém antes de Nero — Mas acho que sim.

   — Acha né — Dina abriu um sorriso pra mim — Se um dia você e Nero terminarem e eu ainda estiver solteira é só me procurar — ela piscou na minha direção e em seguida meu falso namorado empurrou sua cabeça de leve.

   Lilly não parecia nem um pouco desconfortável com as brincadeiras da sua ficante e estava rindo junto de todos os outros.

   — Tire seus olhos da minha mulher — Nero ralhou com a voz séria.

   Minha mulher.
   Parece até piada.

   Eu sei que todas elas, com excessão de Rue, curtem garotas e garotos, descobri recentemente também que todas já tiveram rolos entre si.

   É por isso que se sentem tão confortáveis para falar de absolutamente tudo sem um pingo de vergonha. Também é por isso que Dina vive dando em cima de todo mundo.

   — Não fica com ciúmes, gato, você ainda tem um espaço no meu coração — brincou a morena olhando para meu companheiro.

   Ouvi ele suspirar mas não respondeu absolutamente nada.

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