Capítulo 17

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Balefuls

Naquela semana, foi anunciada na rádio que o presidente da republica dará uma festa em homenagem a todas as famílias de lideres tribais que lutaram na grande guerra territorial. Todos os cidadãos da Guiné se animaram, pois maioria das pessoas do país pertenciam ao tribos étnicos. Era mulheres fazendo compras, homens treinando posturas para não ser alvo de inferioridade, crianças brincando sem noção alguma do tumulto que estava acontecendo na cidade, uma perfeita bagunça de felicidade. Foi até declarado que naquele dia seria um feriado nacional, o que era estranho, pois um presidente da república que nunca se importou com os lideres que deram sangue e vida para salvar o território, simplesmente quer homenageia-los assim tão de repente, entretanto uma festa sempre é uma festa nunca é demasiado longe um lugar para se fartar gratuitamente, ainda mais um povo que está sofrendo de ditadura.

- O senhor tem mesmo a certeza que ele acordou?_ um homem vestido com traje militar fala com as mãos atrás das costas numa postura firme.

- Acordou sim, porém está muito fraco por ter adormecido demasiado tempo, essa é a nossa hora de agir. Essa festa nos ajudará a descobrir quem é que carrega o príncipe dos espíritos e dessa vez não podemos perder.

- Sábia decisão senhor, o que eu posso fazer?_ perguntou o militar disposto a tudo.

- Leve os convites a todos os familiares dos tribos mais poderosos, garanta que eles estejam no banquete de hoje entendeu?_falou o presidente olhando fixamente para a frente como se estivesse analisando algo no horizonte.

- Sim senhor, com sua licença._ despediu-se o militar saindo porta a fora do escritório do presidente da república.

O militar sai, entra o primogênito do presidente.

- Pai está um caos nas ruas, todo mundo está falando dessa festa, tem certeza que o senhor dará conta disso?_ falou o rapaz ao lado do pai que ainda mantém o foco no horizonte.

- Filho está vendo aquela pequena luz no céu, bem lá em cima do mar?_ O presidente ignorou a pergunta do filho intrigado com a pequena luz que parecia uma estrela brilhando em cima das águas calmas do mar.

- Eu não estou vendo nada pai, o mar está normal!_ disse o rapaz tentando perceber a visão do pai, mas ele não enxergava nada além do céu e o mar.

- Tanto faz, você fez que eu te pedi?_

- Sim, me matriculei ontem, mas ainda não entendo o porquê do senhor querer que eu estude de novo, se é por causa da estrela dançante com certeza, ela não assumiria a forma humana só para entrar na escola._ disse o rapaz frustrado. O presidente permaneceu calado ainda olhando para o horizonte.

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Alec acordou sentindo o calor de um corpo macio ao lado dele, ele levanta um pouco a cabeça admirando a beleza da sua esposa com memórias do sexo que tiveram repassando na sua cabeça.

Era muito satisfatório ser o primeiro homem numa mulher, aquela coisa de ela é minha, é absurdamente bom, por mais que possas amar uma que não foi desvirginada por ti, mas é muito bom amar alguém que foi. Isso Alec sentia no fundo do coração dele, não conseguindo nem mentir facialmente, pois com aquele grande sorriso que pode ser visto até em Dubai contava tudo. Nem parece que foi ele a dizer que odiaria cada segundo.

Com cuidado ele levanta da cama, olhou para os lados e constatou que já não tinha ninguém em casa apenas os dois.

Ele calmamente sobe para o seu quarto e vai direto para casa de banho em busca de um banho suave e relaxante. Quando ele terminou volta para a sala vestido de moleton preto e t-shirt da mesma cor. Viu que a boneca ainda dormia, olhou para hora no telefone e esta marcava 14h e 50min, desceu as escadas, foi até a cozinha, pegou num copo enchendo-o de água, caminhou até a beirada da cama e agacha chacoalhando o corpo quente da boneca lentamente.

- Cilisa! Cilisa!_ a boneca abriu os olhos devagar se remexendo um pouco na cama. Quando ela percebeu que estava com metade do corpo sem pano de pente, sentou rapidamente na cama puxando o pano pra si e depois reclamar da dor vaginal com um gemido baixo.

- Você não viu nada._ disse ela fazendo uma careta fofa e o Alec riu-se nasalmente achando a reação dela engraçada.

- Felizmente, já vi tudo._ disse pervertidamente levando uma palmada na cabeça após aquelas palavras.

-Aiiiiii! me bateu porquê? isso doeu!_ fala com a mão na cabeça.

- Porquê jogar na minha cara que viu tudo?

- Mas é verdade, quer que eu minta?

- Ah tanto faz! Estava me encarando enquanto eu dormia porquê?

- Você dormiu de mais, já são quase 15h achei bom te acordar._ CIlisa ouviu as palavras do Alec porém não respondeu, ela sentiu a sua garganta seca e passou a mão na mesma pensando na água e no mesmo instante o Alec estendeu-lhe o copo cheio de água.

- Até ontem você queria me matar, está me tratando assim porquê?_ perguntou a Cilisa desconfiada do comportamento santo barato do marido.

- Imaginei que você teria dificuldades para andar depois do sexo que fizemos ontem, a essa altura posso arriscar e dizer que sentes um pouco de desconforto na sua vagina e com certeza não vais querer me pedir ajuda porque és muito teimosa e orgulhosa. Então vai quer a água ou não?_ Falou deixando a Cilisa sem palavras, tudo o que o Alec disse era verdade.

É estranho como o Alec acertava sobre ela, parecia que ele a viu crescer de tanto que sabe sobre a menina. Lisa pega o copo na mão do marido e bebeu todo o liquido matando a sede.

- Você é sempre assim tão direto?_ perguntou ela entregando-o o copo.

- As vezes, só não gosto de discutir e nem de mentir._ respondeu ele

- Menos mal.

Alec leva o copo de volta para a cozinha e volta para sala, naquele momento viu a Cilisa tentando se levantar da cama ele vai ao encontro dela tentando ajuda-la mas a Lisa levantou a mão em sinal de não.

- Eu apenas perdi a virgindade, não estou doente._ reclama ela recusando a ajuda do Alec.

Ela olha para a cama e viu que o lençol estava manchado de sangue o tamanho era um pouco grande, a sua expressão entristece e ela caminha devagar subindo as escadas para o seu quarto. Alec não fez nada, ele apenas encarava ela sabendo que a Lisa desejava tudo na vida menos que ele fosse o seu marido, aquilo de certa forma lhe deixou confortável.

Boneca PretaOnde histórias criam vida. Descubra agora